sexta-feira, 26 de abril de 2013

Presidente da Nestlé afirma que água não é um direito, deve ter um valor de mercado e ser privatizada

Na opinião de Peter Brabeck, a água
deveria ser tratada como qualquer
outro bem alimentício e ter um
 valor de mercado estabelecido
 pela lei de oferta e procura

Peter Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que é presidente do grupo Nestle desde 2005, afirma que é necessário privatizar o fornecimento da água. 

Isso para que nós, como sociedade, tomemos consciência de sua importância e acabássemos com o subpreço que se produz na atualidade.

Palavras sujas que provocaram estupor, sobretudo quando se tem em conta que a Nestlé é a líder mundial na venda de água engarrafada. Um setor que representa 8% de seu capital, que em 2011 totalizaram aproximadamente 68,5 bilhões de euros.

Pero Brabeker junta essa a outras críticas para destacar que o fato de muitas pessoas terem a percepção de que a água é gratuita faz com que em várias ocasiões não lhes deem valor e a desperdicem. 

Assim sustenta que os governos devem garantir que cada pessoa disponha de 5 litros de água diária para beber e outros 25 litros para sua higiene pessoal, mas que o resto do consumo teria que gerido segundo critérios empresariais. 

O resto - adivinha - eu,você, todos nós, teríamos que pagar a alguém... Seria à Nestlé?


Apesar das rejeições que sua posição provoca, faz tempo que ele defende, sem cerimônia, com entrevistas como esta que aparece no vídeo abaixo, que qualifica de extremistas as ONGs que sustentam que a água deveria ser um direito fundamental.

A cara de pau das grandes corporações multinacionais não tem limites. Agora, este presidente da Nestlé (aquela empresa que incentiva mulheres a pararem de amamentar e substituir o insubstituível leite materno por leite em pó - até em lugares onde falta água!) vem com mais essa!

Por que não algemam um maluco desses é coisa que só o capitalismo pode responder.

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