quinta-feira, 16 de maio de 2013

Corinthians quer cobrar Conmebol por erros da arbitragem

A diretoria do Corinthians deverá se reunir na tarde desta quinta-feira para estudar com seu departamento jurídico possíveis alternativas para protestar na Conmebol contra o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, que apitou a partida contra o Boca Juniors, na noite de quarta, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. 

O empate por 1 a 1 eliminou a equipe. "Espero que o Tribunal Disciplinar da Conmebol, que soube nos punir, também puna o árbitro", disse o presidente Mário Gobbi logo depois do jogo, em referência às penas sofridas em decorrência da morte do torcedor boliviano Kevin Espada na estreia da equipe, em Oruro. 

O Corinthians reclama de dois pênaltis em Emerson (um deles, claríssimo; o outro, controverso) e dois gols anulados, um de Romarinho (em situação absolutamente legal) e outro de Paulinho (em posição legal, mas após um lance de falta no goleiro). "Nós não perdemos. Nos fizeram perder", atacou Gobbi, em referência ao trio de arbitragem.

"O Amarilla foi muito mal, deixou a desejar e influiu diretamente no resultado da partida. É lamentável e eu espero que a Conmebol tome as providências", disse o cartola. O técnico Tite disse que foi "falso" ao caminhar até o trio de arbitragem e cumprimentá-lo depois da partida. 

"Pela primeira vez na minha vida fui cínico. Estou dando a mão à palmatória para admitir a minha falsidade. Depois do jogo apertei a mão dele e dos auxiliares e disse parabéns. Fui falso. Coloquei o meu lado podre para fora. Gostaria de nunca mais tê-los na minha frente", disse o gaúcho. 

Avaliação bem diferente da que foi apresentada por Carlos Bianchi, o treinador do Boca. "Eu acho que ele apitou bem. Advertiu quando tinha que advertir. Talvez tenha mostrado alguns cartões muito cedo, mas nunca perdeu o controle do jogo, sempre comandou a partida como desejava. Se o árbitro consegue controlar uma partida dessa natureza, é sinal que tem personalidade", elogiou.

Carlos Amarilla teve a imediata proteção dos policiais no momento do apito final. Depois do cumprimento irônico de Tite, tomou banho e não saiu do Pacaembu pelo local de costume - precisou voltar ao gramado, onde recebeu nova escolta e entrou em um carro posicionado ao lado do tobogã. 

Alguns repórteres o aguardavam para ouvi-lo sobre sua participação decisiva na partida entre Corinthians e Boca Juniors. O paraguaio ignorou os jornalistas e ainda contou com o auxílio de um policial, que afastou os profissionais de imprensa com um spray de pimenta. 

Uma curiosidade sobre o trio que comandou o jogo foi a presença de Rodney Aquino numa das bandeiras. Ele é filho de Ubaldo Aquino, árbitro que ajudou o mesmo Boca contra o Palmeiras na Libertadores de 2001. 

Na ocasião, brasileiros e argentinos duelavam por uma vaga na final. No primeiro jogo, em Buenos Aires, Aquino deu um pênalti inexistente para o Boca e deixou de apitar um para os brasileiros. Acabou ficando conhecido entre torcedores do país por um apelido: "Roubaldo" Aquino.


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