quinta-feira, 27 de junho de 2013

Centrais sindicais cobram de Dilma pauta trabalhista e marcam megaprotesto conjunto para 11 de julho

Com o prestígio em baixa e o poder fugindo-lhe das mãos, a presidente Dilma Rousseff se reuniu esta quarta-feira com representantes de todas as Centrais Sindicais, em Brasília. 

Participaram dirigentes da CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, UGT, CGTB, CSP Conlutas e CSB. Dilma expôs os cinco pontos da sua proposta de avanços institucionais e depois abriu a palavra às Centrais.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reunião foi chamada “para fazer uma discussão sobre a questão das manifestações e do atual momento político do Brasil”. “Defendemos que essa discussão leve em consideração os interesses dos trabalhadores organizados”, afirmou.

A Força Sindical saiu insatisfeita. A Central avalia que o debate sobre a agenda trabalhista poderia ter avançado. “A presidente falou sobre sua proposta de pacto, mas não assumiu o compromisso de atender os itens da nossa pauta”, observa o deputado Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força.

PAUTA TRABALHISTA

Os sindicalistas, sem desconsiderar os assuntos mais gerais da conjuntura, focaram suas falas na Pauta Trabalhista (jornada de 40 horas; fim do Fator Previdenciário; fim das demissões imotivadas etc.). Não houve proposta de Dilma sobre esses itens, porque, do seu ponto de vista, ela considera que esses temas devem ser debatidos na Mesa Permanente de Negociações.

As centrais não concordam.“Insistimos que o diálogo deve ser permanente, com o sindicalismo e os movimentos sociais”, disse o presidente da UGT, Ricardo Patah, assinalando que a falta de respostas à Pauta Trabalhista levará para as ruas, com força, bandeiras como as 40 horas e fim do Fator Previdenciário.

As Centrais estão convocando um Dia Nacional de Mobilizações e Protestos para 11 de julho, pelo fim do fator previdenciário, revisão dos benefícios da aposentadoria, derrubada do projeto de lei que amplia a terceirização, além de mais investimentos em Saúde e Educação.

Os sindicalistas acreditam que, se o ato do dia 11 tiver força, estarão criadas as condições efetivas para pressionar governo e parlamento.

Carlos Newton

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