sábado, 22 de junho de 2013

Dilma acerta o tom

A presidente acertou no tom e no conteudo de seu pronunciamento. Que efeitos terá, vamos ver. Antes de gravá-lo, ela teve acesso a pesquisas informando que a maioria da população desaprova os atos de violencia e vandalismo. 

Resumindo e comentando o que ela disse.

1. Garantia de liberdade aos que se manifestam pacificamente e defesa intransigente da ordem, condenando os atos de vandalismo que, segundo ela, "envergonham o Brasil". Certo. A maioria silenciosa queria uma palavra contra as arruaças. As forças de segurança terão que duras e firmes, sem descambar também para a violência. 

2. Declarou-se aberta à voz das ruas, considerando justas as reivindicações por melhores serviços públicos e contra a corrupção. Prometeu um plano nacional de mobilidade urbana e 100% dos recursos para educação, alem da vinda de médicos estrangeiros para reforçar o SUS. Ok, não se pode mudar o pais de uma hora para outra. É preciso um roteiro. 

3. Dilma prometeu ainda reunir-se com os chefes dos outros poderes, governadores e prefeitos das maiores cidades. Certo. Os protestos foram também contra eles. Joaquim Barbosa irá? 

4. Prometeu empenhar-se pela reforma politica. Até aqui, nenhum presidente de fato se empenhou. vamos ver. Qual reforma, veremos, mas ela falou em maior controle dos representados sobre os representantes, algo pedido, em outras palavras, pelos manifestantes. 

5. Falou em aplicação mais ampla da LAI, que de fato é ferramenta forte para o controle dos gastos públicos pela população. 

6. Explicou que não tirou dinheiro do orçamento para a construção dos estádios, feitos com recursos de financiamentos. 

7. Pediu que façamos uma grande Copa, recebendo com carinho e hospitalidade os estrangeiros. Nesta altura, acha que já os assustamos muito. Até o Blatter se foi. 

Certo é que a presidente acertou. Não demonizou a parte legítima do movimento. Condenou com dureza os infiltrados de toda natureza. 

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