domingo, 30 de junho de 2013

Divulgadores da Telexfree protestam contra decisão da Justiça

Divulgadores da empresa Telexfree 

saíram em carreata por ruas do Centro 
(Foto: Jonathan Lins/G1)
Divulgadores da empresa de marketing multinível Telexfree em Alagoas fizeram uma carreata, na manhã deste domingo (30), por ruas e avenidas de Maceió, para protestar contra a decisão do Tribunal de Justiça do Acre, que suspendeu os pagamentos e novas adesões à empresa por considerar o negócio crime contra a economia popular. 

Na ocasião, os manifestantes defenderam a legalidade da atividade e criticaram a cobertura da imprensa, que noticiou a decisão judicial.

Segundo o corretor Ricardo Farias, que trabalha como divulgador da Telexfree há um ano, muitas pessoas estão tendo prejuízo após a decisão da Justiça do Acre, porque alguns participantes suspenderam os pagamentos e novas adesões estão proibidas. Ele explicou que a Telexfree atua em Alagoas há 16 meses e que nunca houve problemas nesse período.

Divulgadores se aglomeraram em frente ao
Ministério Público do Acre (Foto: Rayssa Natani/ G1)
“As pessoas trabalham como divulgadores de um dos serviços que a empresa tem. Através de um site, nós aderimos a empresa como divulgadores independentes, ninguém tem autorização para representar a empresa. Todos recebem pelas postagem e existe um contrato anual. O que a empresa faz é uma remuneração pelo serviço que a pessoa presta”, explicou Farias.

Para corretor, se a pessoa afirma que teve prejuízo é porque não cumpriu com o serviço básico que havia sido acordado em contrato. “É uma empresa que está trazendo novidade financeira para diversos profissionais e ate aposentados que recebem mensalmente. Essa suspensão está trazendo prejuízo a população porque impede que o dinheiro circule", completou.

Divulgadores do Telexfree confeccionaram cartazes 
para a manifestação (Foto: Jonathan Lins/G1)
Segundo os divulgadores a estimativa é de que existem em Alagoas cerca de 12 mil investidores da Telexfree. Esse é o caso de Cícero José da Silva, que diz ter deixado o emprego na área de construção civil por causa do Telexfree. “Agora a empresa é minha única fonte de renda. Com o trabalho de divulgador estava conseguindo manter minha família, pagar escola dos meus filhos e plano de saúde. A empresa estava pagando a todos corretamente, mas com a suspensão não recebemos mais nada”, disse.
Cícero José da Silva deixou o emprego para serdivulgador da Telexfree (Foto: Jonathan Lins/G1
O também divulgador Luiz Henrique Ferreira disse que a decisão judicial não tem fundamento. Segundo ele, a alegação de que a empresa trabalha com o “ganho fácil” não é verídica. 

“Enquanto não for comprovado que existe ilegalidade, o serviço não poderia ser suspenso. Portanto, estamos protestando para que essa liminar da Justiça seja suspensa o quanto antes”, falou.

Recife - Pernambuco: 

Divulgadores da empresa Telexfree que atuam em Pernambuco fazem uma carreata, na manhã deste domingo (30), contra a decisão judicial que bloqueou os bens da companhia. Os carros saíram da Avenida Caxangá, na Zona Oeste do Recife, e agora estão na Agamenon Magalhães, na altura do Hospital Português, onde o trânsito já está complicado.

Natal - Rio Grande do Norte

Divulgadores da empresa de marketing multinível Telexfree fizeram uma manifestação na tarde deste sábado (29) em uma rua de Candelária, bairro da zona Sul de Natal. O protesto reuniu cerca de 300 pessoas e foi pacífico. Policiais militares e rodoviários federais acompanharam a movimentação.
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Segundo o representante comercial Nestor Case, divulgador da Telexfree, o protesto foi contra a decisão da Justiça do Acre de impedir as atividades da empresa no Brasil. "Queremos o direito de trabalhar livremente. Na visão de todos os divulgadores, a Telexfree é uma empresa lícita, que paga seus impostos e todos os seus divulgadores".

Vitória - Espírito Santo

Dezenas de divulgadores da Telexfree saíram em carreata no início da tarde desta sexta-feira (28), em Vitória, para protestar contra a decisão da justiça do Acre, que suspendeu pagamentos e novas adesões à empresa. 

Eles saíram da Praça dos Namorados, na Praia do Canto, seguiram pela avenida Dante Michelini e retornaram em direção à sede da empresa, na avenida Nossa Senhora dos Navegantes, na Enseada do Suá. A manifestação durou cerca de uma hora. Segundo os divulgadores, a intenção é defender a empresa.

Salvador - Bahia

Divulgadores da empresa de marketing multinível Telexfree fizeram uma manifestação na praça em frente ao Shopping Iguatemi, na Avenida ACM em Salvador, na manhã desta sexta-feira (28). Segundo informações da Transalvador, a mobilização começou por volta das 10h30, mas não deixou o trânsito bloqueado na via. Os manifestantes ficaram na Praça Newton Rique.

Policiais da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) acompanharam o protesto, que ocorreu de forma pacífica. Por volta das 14h, a PM iinformou que os participantes já tinham se dispersado. Ainda de acordo com a Polícia Militar, o protesto começou com a presença de cerca de 30 pessoas, mas com o andamanto da mobilização, o número chegou a aproximadamente 100 manifestantes.

Campo Grande - Mato Grosso do Sul

Cerce de 500 pessoas, segundo informações da Polícia Militar, saíram pelas ruas Campo Grande durante a tarde desta sexta-feira (28) em protesto contra o bloqueio da empresa Telexfree no Brasil. Segundo o divulgador da companhia Rafael Satti, a principal reivindicação é que seja revista a decisão da juíza Thaís Borges, do estado do Acre.

“Ela [a juíza] assinou uma decisão sem ter conhecimento do trabalho da empresa”, afirmou Satti.

Os manifestantes pediram também que seja criada uma lei de marketing multinível no Brasil. “O Brasil inteiro está parando por conta disso, há 1,5 milhão de divulgadores no Brasil e nunca houve uma reclamação”, ressaltou Satti.

Rio Branco - Acre

Insatisfeitos com a situação da empresa Telexfree e temendo prejuízos, divulgadores fizeram novo protesto na manhã desta quinta-feira (27) em frente ao prédio do Ministério Público Estadual. Eles seguiram em passeata até o Terminal Urbano de Rio Branco no início da tarde. O local foi interditado pelos manifestantes e o trânsito ficou lento na região.

De acordo com Erbson Souza, coordenador do Comando de Fiscalização de Trânsito, a manifestação causa tumulto no centro da cidade. "Os ônibus não estão entrando no terminal. O trânsito está caótico. As pessoas devem evitar o máximo possível irem ao centro de Rio Branco", diz.

Um dos manifestantes, Italo Costa, que investiu R$ 30 mil na empresa há três meses, diz que os divulgadores pretendem continuar com os manifestos. "Vamos fechar as ruas todos os dias até quebrar essa decisão da justiça de bloquear nossos pagamentos", afirma.

O motorista e divulgador Eudes Lima participava do protesto. Ele conta que investiu na Telexfree, há um mês, todo o dinheiro que tinha na poupança. O investimento seria para custear a faculdade da filha, que termina o Ensino Médio este ano. "A gente não pode ficar nessa situação. Todos no prejuízo. Cada um faz do seu dinheiro o que bem entende. Não é justa essa proibição", diz.

Entenda o caso

A Justiça suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à Telexfree, no dia 18 deste mês. A decisão da justiça do Acre, que é válida até o julgamento da ação principal, sob a pena de multa diária de R$ 500 mil, foi mantida no dia 24, quando o desembargador Samoel Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças impetrado pelos advogados da Telexfree.

Na sentença, a juíza Thaís Khalil, do TJ/AC, considerou que o modelo de negócio do Telexfree possui características de pirâmide financeira, procedimento que é ilegal no país. 

E que caso seja comprovado, não é preciso que alguém seja prejudicado para que o processo seja considerado crime.

G1

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