quinta-feira, 27 de junho de 2013

Surpreendido pelos protestos, Lula convoca jovens pró-governo para ir às ruas

Surpreendido pelas manifestações que tomaram conta do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula tem reunido os movimentos sociais mais próximos do PT para tratar dos protestos. 

O tom de Lula impressionou os jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). 

Em vez de pedir conciliação para acalmar a crise no governo, Lula disse que o momento é de “ir para a rua”. Convidados pelo ex-presidente, cerca de quinze lideranças participaram do encontro anteontem, na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. 

Estopim para a onda de protestos, o Movimento Passe Livre (MPL) não foi convidado.

— Ele chamou os movimentos de que tem mais proximidade, queria ouvir, saber a impressão. Colocou que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar (politicamente) a direita e empurrar o governo para a esquerda. Ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo. Não usou essas palavras, mas disse algo com “se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”— disse um líder de um dos movimentos sociais.

Da direção nacional da UJS, que conta majoritariamente com militantes do PCdoB, André Pereira Toranski confirmou o tom do encontro:

— O (ex-)presidente queria entender essa onda de protestos e avaliou muito positivamente o que está acontecendo nas ruas.

Da reunião participaram jovens do movimento sindical, negro e de direitos dos homossexuais. Não foram convidados o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTS) e do MPL, esses recebidos pela presidente Dilma Rousseff.

Lula tem passado os dias reunido com assessores em seu instituto, de onde faz telefonemas a governadores e líderes do partido.]

O Globo

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Enquanto Dilma Rousseff se esforça par esvaziar as ruas, Lula empenha-se para enchê-las um pouco mais. 

Distante dos refletores desde o início do tsunami de protestos, Lula recebeu há dois dias cerca de 15 jovens de entidades ideologicamente afinadas com o petismo e com o governo.

Estimulou-os a disputar o asfalto com a juventude “conservadora” e apartidária.

A repórter Tatiana Farah ouviu um dos ativistas sociais que participaram do encontro com Lula: “Ele chamou os movimentos de que tem mais proximidade. Queria ouvir, saber a impressão.” 

A certa altura, Lula disse que “é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda.”

Segundo o relato desse interlocutor de Lula, “ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo.” Acrescentou que o antecessor de Dilma “não usou essas palavras, mas disse algo como: ‘se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas’.”

Estiveram com Lula jovens vinculados a entidades como o MST, a União da Juventude Socialista, e o Levante Popular da Juventude. O encontro ocorreu na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

Josias de Souza/UOL

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