quinta-feira, 4 de julho de 2013

O importante não é o resultado da luta. É nunca parar de lutar.

O sábio Confúcio ensinava que “a caminhada é longa, mas uma vez dado o primeiro passo, ela já terá se tornado mais curta”.

Aos 70 anos de idade, já aprendi que a Vida não é feita de ilusões. Os mais importantes pensadores da humanidade, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Spinoza, Mórus, Marx e muitos outros também foram sonhadores/ilusionistas derrotados.

Sócrates foi condenado à morte. Aristóteles teve que deixar Atenas, morreu pobre, doente e abandonado ou seria condenado como Sócrates (“não permitirei que Atenas peque duas vezes contra a Filosofia”). 

Epicuro teve quase todos seus papiros queimados, pois escrevia sobre (entre outras coisas) a Compreensão da Vida e a Plena Liberdade de Escolha (religiosa).

Spinoza foi vítima de dois atentados contra sua vida, na rua. Acabou excomungado. Mórus é praticamente considerado como louco, por sua utopia. Marx… é tido, no mínimo, como terrorista e perigosíssimo.

Não esquecendo do grande Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso, para que eu não deixe de caminhar”.

Não esquecendo também de Aldous Huxley: “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão”.

Diante desses gigantes, não chego sequer a ser um grão de areia nas praias do mundo e, assim sendo, sou muita coisa. Sou aposentado, faço palestras percorrendo o Brasil. 

Entendo que estou de bem com a vida. Vale sempre repetir e repetir o título de um livro do mestre João Ubaldo Ribeiro: “Viva o povo brasileiro”.

Por isso que o importante não é o resultado da luta. É nunca parar de lutar.

Almério Nunes

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