terça-feira, 2 de julho de 2013

Presidente da Câmara já prepara saída sem plebiscito.

Henrique Eduardo Alves 
Enquanto a equipe da presidente Dilma Rousseff se empenha para formalizar até terça-feira ao Congresso a proposta de realização de um plebiscito sobre reforma política, o presidente da Câmara já tem a saída para o caso de fracasso da idéia. 

O pemedebista Henrique Eduardo Alves trabalha num cronograma para viabilizar um pacote de alterações nas regras do sistema político num prazo de 90 dias.

Pelos cálculos de Alves, o Congresso foi mais eficiente que o Executivo na missão de aliviar a pressão vinda das ruas, dando vazão a várias das mais importantes demandas que levaram milhares a protestar por todo o país. 

Para isso, o deputado manobrou com a agenda de votações - o que é parte de suas atribuições - para que as votações ocorressem sob clamor popular. 

Ciente de que nem sempre a pressão das ruas é boa conselheira, já que pode induzir à aprovação de legislações casuísticas e de difícil aplicação, o presidente da Câmara foi bem sucedido na estratégia.

Alves pretende repetir agora o mesmo método para forçar a aprovação da reforma política. 

A tarefa não é simples. Se o fosse, o tema não estaria em discussão há 18 anos no Congresso, com pouquíssimos avanços neste período. 

Os políticos tendem a não trabalhar por mudanças que afetam seu próprio ecossistema. Muito menos na antevéspera de uma eleição presidencial que ganha importância e imprevisibilidade a cada dia que passa.

Os pemedebistas no comando do Congresso, goste-se ou não de seus métodos e estratégias de ação, estão dando neste momento de crise a melhor colaboração que poderiam a um governo que expressa desorientação e reage de forma pouco eficiente. 

Mais que nunca, o PMDB é o garantidor da governabilidade e da estabilidade política. Ainda que não o convidem a opinar, ele simplesmente age.

Blog da Christina Lemos


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