segunda-feira, 13 de maio de 2013

Líder do PMDB, Eduardo Cunha, estica a corda na guerra com Dilma

: Além de começar mais cedo, logo na segunda-feira, a semana do Congresso Nacional começou pegando fogo. Sem conseguir votar a MP dos Portos na quarta-feira da semana passada, o governo tenta conseguir que a medida que promete modernizar os portos do País seja votada pela Câmara e pelo Senado até a próxima quinta-feira, quando perde a validade. 

Para tanto, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), marcou votação para esta segunda-feira, mas o clima no parlamento não é muito animador.

O principal empecilho para a votação é a esperada falta de quórum, já que a semana parlamentar em Brasília só costuma começar depois da terça-feira. 

Se o governo conseguir reunir deputados o bastante nesta segunda feira, ainda terá de passar por cima dos parlamentares, tanto da oposição quanto da base do governo, que se opõem à MP da forma como ela foi apresentada. 

Autor da proposta que desfigura a Medida Provisória apresentada pelo governo, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), avisa por meio de nota do Radar Online que não está disposto a ceder.

"Ao saber que o Palácio do Planalto ameaça tratar aqueles que votarem contra o governo na MP dos Portos a 'pão dormido e água suja', Cunha disse, irônico, a alguns interlocutores: 'Pão e água? Já é um grande avanço do governo, porque até agora nunca nos deram nada'", registra a nota.

Não bastasse a rebelião de parte da base, o governo ainda terá de lidar com a oposição, que pretende se aproveitar da situação para tumutuar a sessão desta segunda-feira.

"Melar a votação"

PSDB e DEM já anunciaram que vão entrar com representação na Corregedoria da Câmara, nesta tarde, pedindo ao colegiado a apuração de denúncias feitas pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) na sessão de quarta-feira passada. Na ocasião, Garotinho apelidou o projeto de 'MP dos Porcos' e disse que "há negócios" na emenda aglutinativa apresentada por Cunha .

"Existe agora um clima de suspeição grave sobre o projeto", disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Não podemos decidir sobre uma matéria que não sabemos do que se trata, a que interesses atende. A corregedoria precisa apurar cada afirmação feita por Garotinho. A ordem no PSDB hoje é: melar a votação", completou.

Fonte: 247

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