A matéria é delicada, polêmica, mas chega uma hora que deveria ser enfrentada com a seriedade que ela impõe.
Até agora parece que esse assunto foi sendo empurrado com a barriga, foi sendo contemporizado, foi sendo discutido sem se discutir.
Não se pode mais tapar o sol com a peneira, passar a mão na cabeça desses criminosos que estão cada vez mais audaciosos e precoces e o mais triste tirando vidas e outras vezes traumatizando vítimas para todo o sempre.
Temos que parar agora, pois os adultos já perceberam que numa ação criminosa o jovem transgressor vai isentá-lo do pior. Isso virou uma prática comum. O adulto assalta e o jovem mata.
Ou o próprio jovem quando vai cometer o crime sabe que se for pego nada de mais vai acontecer com ele, porque ele é “di menor”. É o mesmo pensamento que os nossos políticos que desviam dinheiro e cometem seus crimes pensam. Nada vai nos acontecer.
Se o menor de idade, e nesse grupo eu incluiria jovens de 16 e 17 anos, perante a lei pode votar, deve ser porque diante dela eles teriam o discernimento necessário para julgar, avaliar e escolher. E não somente porque se achou que seria bonitinho. Bonitinho para a foto seria um bebê votar.
É claro que se chegando ao consenso de que a maioridade deve cair para 16 anos – e eu acho que deveria – não é só resolver isso e pronto. Jogar o jovem criminoso numa prisão de segurança máxima onde irá encontrar professores adultos não é o certo.
Assim como não é correto misturar esses jovens com outros mais jovens ainda que cometeram pequenos furtos, pequenos delitos de fácil administração socioeducativas. Temos que evitar a contaminação dos que tem salvação e não dar de presente um curso de pós-graduação no crime.
O ideal seria criar prisões para jovens entre 16 e 18 anos que cometessem crimes que um adulto comete. Assassinato e estupro. Ou você vai querer me convencer que bata apreendê-lo e educá-lo dizendo que estuprar é uma coisa muito feia e que se ele puxar o gatilho a bala vai sair e poderá matar uma pessoa? Menos, bem menos.
E é claro mudar o nosso sistema prisional de uma vez por todas. Colocar a turma para trabalhar, para estudar, para ler, para plantar e ter o que comer e não continuar fazendo das prisões o que elas são hoje em dia, um quase nada.
Solução existe, basta que os homens que podem mudar essa história assumam seu papel e façam alguma coisa ontem, e não amanhã.
Será que toda pescaria para ser boa tem que ter tubarão?
Crivella afirma que é um tubarão camarada |
Até hoje eles negam que o fato do senador Marcelo Crivella ter sido ungido ministro da Pesca e Aquicultura há um ano tenha sido uma jogada política para atrair os eleitores evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus, onde ele (Crivella) é bispo licenciado.
E vão negar até a morte, até porque o peixe morre pela boca. Mas quando aparece um tubarão a coisa muda de figura e mete medo. Na verdade o tubarão estava lá, quieto, adormecido, mas quando viu a condição abriu o bocão e NHAAAACCCC!
É no Pará que os recursos de quase R$ 1 bilhão são distribuídos.
É o que está acontecendo agora com mais uma bolsa do governo. A Bolsa Pesca, ou o seguro-defeso, benefício que é pago aos pescadores artesanais na época de procriação de algumas espécies, que parece apresentarem irregularidades a ser investigadas, até porque estamos falando de um orçamento de R$ 1,6 bilhão, sendo que somente no Pará o Ministério Público Federal já instaurou 25 ações judiciais e 86 investigações desde o momento que Crivella assumiu.
E quem melhor que Abraão Lincoln que além de presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) é agora também presidente do diretório nacional do Rio Grande do Norte do PRB – numa cerimônia que teve a presença do ministro Crivella – para ser o responsável (???) para acompanhar o registro de cadastramento dos pescadores em todo o país? Nada melhor que alguém assim, próximo…
E vale ainda dizer que depois que assumiu o cargo de ministro, dirigentes de entidades sindicais de pescadores passaram a integrar o mesmo partido de seu ministro. Incrível coincidência. Mais fácil que isso acontecer só mesmo ganhar na Mega Sena da virada.
O ministro tenta se esquivar da “culpa”, ainda entre aspas, e diz que quem paga é o Ministério do Trabalho, que no meu entender, deveria querer se aprofundar mais e saber o quê, o porquê e quem eles estão pagando e não simplesmente chegou uma ordem de pagamento, faz o cheque e pronto.
Mas do lado de lá, do lado do Crivella, quem manda o nome para o lado de lá (Ministério do Trabalho) é a sua pasta. Ou seja, ele, ou vai me dizer que depois ele vai fazer que nem o Lula e dizer que não sabia que estavam fazendo isso?
Fora que o ministro Marcelo Tutubarão Crivella aproveita dias de trabalho como ministro para entregar casas do seu projeto Cimento Social. Deve ser tudo pelo social mesmo.
Acorda gente senão o tubarão vai te pegar.
Ainda não digeri isso…
No pé do ouvido, Afif promete contar tudo que se passa do lado de lá |
Só aqui mesmo no nosso Brasil, sil, sil, um político que tem duas caras assume isso publicamente. Quer um exemplo disso? Afif Domingos.
Ou você vai me dizer que isso não é ter duas caras? É o que então? Dupla personalidade? Bipolaridade? Complexo de alguma coisa? Alguma síndrome?
Como podemos aceitar isso de forma natural que um político seja ao mesmo tempo vice-governador (SP) por um partido (PSDB) e ao mesmo tempo ministro responsável por um ministério criado somente para tê-lo mais perto do PT, lembrando que são partidos nem um pouco afetivos um com o outro?
Afif se esquiva dizendo que não tem nada demais, Dilma não está nem aí tanto é que criou o ministério e chamou Afif.
Mas é nós? E o perigo que isso pode representar? Perigo, que perigo? É como ter uma espécie de espião infiltrado e já detectado, que pode a qualquer momento passar certas informações para a patroa-mor, a presidente do Brasil que, ciente delas, pode ter o que chamam de informações privilegiadas e que no final podem fazer toda a diferença. Será que isso ninguém vê?
E enquanto isso em algum lugar do mundo…
A mais pura verdade é que eu sou deus e o melhor... |
Lula, sempre ele. Lula nega ser o que ele é: lobista de carteirinha. Aliás, o que Lula assume nessa vida? Nada. Absolutamente nada. Ou melhor, quase nada.
Estaria mentindo, cometendo perjúrio. Ele assume que foi o cara que deu jeito no Brasil, que tirou pessoas da miséria, que nos libertou do FMI, que colocou o Brasil no rumo certo do sucesso, que foi o único na história desse país… E em certos assuntos e aspectos foi mesmo.
E é isso que ele diz que faz nas palestras milionárias pelas quais é contratado para fazer propaganda política de seus feitos, excluindo-se é claro o mensalão.
Será que isso não poderia ser enquadrado como propaganda enganosa? Só falta depois o CONAR se tocar e ver que isso não poderia acontecer. Afinal vender um peixe que depois de aberto…
Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.
Claudio Schamis/Opinião&Notícia
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