Deputado Toninho Pinheiro é truculentamente retirado por seguranças da Câmara |
Pouco importa o resultado. Não houve vencedores nem vencidos. Só derrotados. Os pobres cidadãos brasileiros foram obrigados a assistir a um verdadeiro teatro de horrores na sessão da Câmara dos Deputados que tinha a Medida Provisória dos Portos na pauta. Teve de tudo um pouco.
De pescoção de agentes de segurança da Casa em um parlamentar mineiro a festival de acusações em que só faltaram palavrões, entre os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Anthony Garotinho (PR-RJ).
Tanto que a sessão foi interrompida várias vezes. Se alguém ligou a televisão para acompanhar a votação da MP, não teve alternativa. Foi obrigado a tirar as crianças da sala, porque o espetáculo era proibido para menores de 18 anos.
Garotinho chamou a medida provisória de MP dos Porcos. Caiado respondeu e foi além, muito além. Em vez do cheiro dos porcos, disse que o deputado do Rio tinha a “catinga dos portos” e era “chefe de quadrilha”.
E Caiado fez questão de lembrar que Garotinho tinha sido condenado a dois anos e meio de prisão por desvio de dinheiro público. Aí o tempo esquentou de vez e Garotinho quis responder. Não conseguiu.
Quem fez a proeza de provocar o encerramento da sessão foi o deputado Toninho Pinheiro (PP-MG), que desfilou pelo plenário e abriu em frente à mesa diretora uma faixa com o dizeres: “R$ 8,3 bilhões (empenhados) tiraram da saúde em 2012”.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), determinou que ele se contivesse e deixasse o local. Toninho Pinheiro recusou. “Não saio daqui, não sou mensaleiro”, bradou.
Henrique Alves, então, chamou a segurança, que foi truculenta e deu uma gravata (foto acima) no parlamentar mineiro. Sem alternativa, o presidente teve que encerrar a sessão mais uma vez.
Blog do Eduardo Homem de Carvalho
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