sábado, 8 de junho de 2013

Big Brother Obama pode estar espionando você

Cuidado!; presidente americano se envolve em escândalo de vigilância de pessoas e atividades na internet; programa do governo dos EUA acessa milhões de e-mails, páginas e telefonemas diretamente dos servidores do Google, do Facebook, da Apple e da Verizon; o último presidente americano acusado de espionar caiu: Richard Nixon, em 1974, abatido pelo escândalo de Watergate; Obama tenta justificar seu Big Brother; "Elas (intervenções) fazem diferença na nossa capacidade de antecipar e prevenir possíveis atividades terroristas", declarou; americano comum vai aceitar ser monitorado?

O presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, deve levar dias justificando o verdadeiro Bib Brother promovido por seu governo sobre milhões de usuários dos sistemas de internet e de telefonia do país – e talvez nem consiga se desenrolar do novelo de espionagem que, por menos, já derrubou outro presidente americano, Richard Nixon, em 1974, pelo escândalo de Watergate.

De acordo com reportagem publicada inicialmente no jornal inglês The Guardian e no americano The Washington Post, cujos termos vão se confirmando, um programa de espionagem eletrônica da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) tem acesso rotineiro aos servidores centrais do Facebook, do Google e da Apple, além de ter monitorado milhões de usuários de telefonia da operadora Verizon. Obama não negou a arapongagem.

O programa secreto, chamado de PRISM, permite que a NSA monitore os históricos da web e de internet de usuários e obtenha e-mails, fotos, vídeos, bate-papos, arquivos, conversas de programas como o Skype e detalhes de redes sociais. 

A fonte da informação é uma apresentação de PowerPoint de 41 slides que, segundo o Guardian, foi confirmada como autêntica. Ela data de abril de 2013. O documento mostra o funcionamento do PRISM e teria sido usado para treinar pessoal de inteligência para sua utilização.

De acordo com o Guardian, a coleta de dados é feita diretamente nos servidores da empresa, e estão sujeitos ao monitoramento "quaisquer clientes das companhias que vivem fora dos Estados Unidos ou norte-americanos cujas comunicações incluem pessoas fora dos Estados Unidos".

Abaixo, reportagem a respeito distribuída pela agência Reuters:

Por Matt Spetalnick e Steve Holland

SAN JOSE, EUA, 7 Jun (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu firmemente nesta sexta-feira os programas do governo dos EUA para vigilância de telefonemas e atividades de pessoas na Internet, insistindo que são conduzidos com amplas proteções para impedir abusos.

"Ninguém está ouvindo seus telefonemas. Este programa não é sobre isso", disse Obama a repórteres em uma visita ao Vale do Silício, na Califórnia.

O presidente garantiu que os programas de vigilância têm o equilíbrio certo entre manter os norte-americanos a salvo de ataques terroristas e proteger sua privacidade.

Obama destacou que os programas são supervisionados por juízes federais e pelo Congresso, onde senadores e deputados são regularmente atualizados sobre seu uso, e disse que o governo também instituiu auditorias para se certificar do uso das salvaguardas.

O jornal Washington Post informou na quinta-feira que as autoridades federais têm utilizado os servidores centrais de empresas como Google, Apple e Facebook para ter acesso a emails, fotos e outros arquivos de usuários, permitindo a analistas rastrear movimentos e contatos de uma pessoa.

A revelação aumentou as preocupações com a privacidade provocadas por uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirmando que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) tinha obtido registros telefônicos de milhões de clientes de uma subsidiária da Verizon Communications.

Obama disse que chegou ao poder com um "ceticismo saudável" sobre os programas de vigilância, mas passou a acreditar que as "invasões modestas de privacidade" são justificadas.

"Elas fazem diferença na nossa capacidade de antecipar e prevenir possíveis atividades terroristas", declarou. O programa do governo para monitoramento da Internet não se aplica a cidadãos norte-americanos ou residentes, disse ele.

BRASIL 247/Reportagem adicional de Roberta Rampton e Laura MacInnis, em Washington

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