quarta-feira, 19 de junho de 2013

Chama o Anarquista

Para a multiplicação de manifestações públicas que tomaram conta do Brasil, só tem uma solução. 

Chama o Mikhail Bakunin, o anarquista que conseguiu a proeza de descrever o regime soviético em 1868 (A Revolução Russsa foi em 1917), durante a Primeira Internacional, e que foi expulso dela por articulação do comunista Karl Marx em 1872, no Congresso de Haia. Só ele pode resolver. 

Leia o que ele dizia na época: “O governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes, cessarão de ser operários. Não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana

Nos protestos pelo país afora, estavam por trás os partidos de ultraesquerda, aqueles que estão voltando a pé da época da Revolução Russa. PSTU, PCO, organizações sindicais como Conlutas e outras que fingem fazer reivindicações a favor dos trabalhadores e sonham tomar o poder e criar uma “minoria privilegiada”. E “quem duvida disso não conhece a natureza humana”.

O problema da turma profissional é que eles não entenderam a nova tecnologia, o Twitter, o Facebook e outras formas de manifestações pela internet. 

Perderam o controle. Uma bandeira do PSTU foi quebrada por um manifestante no protesto de sábado em Belo Horizonte. Parte da esquerda – não esquecer as vaias contra a presidente Dilma Rousseff e que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é um dos mais atingidos pelo movimento em São Paulo – tenta desmerecer os protestos.

Em Belo Horizonte, há faixas de “Fora Lacerda” (prefeito), “Fora Anastasia”(governador) e também “Fora Dilma”. Tucanos como o senador Alvaro Dias (PSDB-PR); e o presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, usaram as redes sociais para apoiar os movimentos.

Quem tem razão? Estudantes, trabalhadores, governantes? Todos ou ninguém. Tanto faz. Então, chama o Bakunin. Mas ele morreu em 1º de julho de 1876.


Blog do Eduardo Homem de Carvalho

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