sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dilma: assuma o comando!

No exato momento, em que o Palácio do Itamaraty, um dos símbolos de Brasília e uma joia da arquitetura de Oscar Niemeyer, estva sendo atacado por manifestantes e chegou a ter focos de incêndio, a presidente Dilma Rousseff despachava com as ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, no Palácio do Planalto. 

Pela TV, ela acompanhava a evolução dos protestos, mas o Palácio do Planalto ainda não tomou uma decisão sobre o que fazer.

Numa das maiores manifestações de protesto da história do País, que mobiliza cerca de 1 milhão de pessoas em mais de uma centena de cidades, ainda não se ouviu uma palavra da presidência da República. 

Ocorre que só Dilma, e mais ninguém, tem poder e autoridade para restabelecer a ordem pública, num momento crítico, em que os olhos do mundo estão voltados para o País. 

A reivindicação inicial dos manifestantes, que era a redução das tarifas de ônibus, já foi atendida. De resto, há apenas demandas difusas, contra as quais ninguém é contra. Mais saúde, mais educação e menos corrupção.

No rastro de violência, um repórter da GloboNews, Pedro Vedova, foi atingido por uma bala de borracha. Carros de TV da Record e do SBT já foram incendiados. 

A sede do jornal O Globo, no Rio também  foi cercada por manifestantes. No entanto, na Globo, cobrem-se as manifestações, que descambam para a barbárie, como se o Brasil estivesse diante de um desfile de Carnaval.

Em São Paulo, a Rodovia Castelo Branco foi interditada nos dois sentidos. O Rodoanel também chegou a ser fechado e milhares de trabalhadores levarão cinco, seis horas ou mais para retornar a seus lares.

Depois do primeiro dia de protestos intensos, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "o Brasil amanheceu mais forte". Hoje, ele está mais fraco.

E amanhã exigirá um mínimo de ordem.

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