quarta-feira, 5 de junho de 2013

Era só o que faltava: Campanha publicitária do governo federal exalta a prostituição

Deu no Estadão- O Ministério da Saúde lançou uma campanha nas redes sociais para reduzir o estigma em torno da prostituição que deve causar discussão. 

Uma das peças diz: “Eu sou feliz sendo prostituta” e tem profissionais do sexo como protagonistas. A iniciativa surge após uma série de outras polêmicas envolvendo campanhas de saúde na gestão Dilma Rousseff.

Composto por vídeos e banners, o material é fruto da oficina de profissionais do sexo realizada em março em João Pessoa, que tem como mote “Sem vergonha de usar camisinha”. 

Nas peças, mensagens contra o preconceito, sobre o desejo de ser respeitada e a necessidade de prevenção contra DST-aids. Feita para marcar o Dia Internacional das Prostitutas, 2 de junho, a campanha – que retrata positivamente a profissão – foi bem recebida por feministas e grupos que trabalham com prevenção.

“Quem sabe seja um sinal de que o governo possa retomar uma política de prevenção em aids e saúde pública sem discriminação, lançando até mesmo as campanhas censuradas dirigidas aos gays, que gastaram dinheiro público e não foram utilizadas”, afirmou o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Mario Scheffer.

KIT GAY

Em março, o Estado revelou que o Ministério da Saúde havia determinado a suspensão da distribuição de material educativo para prevenção de aids dirigido a adolescentes. 

O kit, formado por seis revistas em quadrinhos, abordava temas como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade e havia sido feito em colaboração com a Unesco.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na época que a distribuição havia sido feita sem seu conhecimento e não tinha aprovação do conselho editorial. 

A decisão se somou a uma série de episódios do governo Dilma. Em maio de 2011, a presidente determinou o cancelamento da entrega de um kit de combate à homofobia produzido pelos Ministérios da Saúde e da Educação.

O especialista da USP ressalta que as ações para redução do preconceito são essenciais para estimular a prevenção. Daí, completa, a necessidade de que iniciativas semelhantes sejam feitas com outros grupos.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Uma coisa é fazer uma campanha para que se respeite e entenda a prostituição, meio de vida de milhares de pessoas (masculinas, femininas etc.). Outra coisa, muito diferente, é exaltar a prostituição. Este governo é patético. (C.N.)

Tribuna da Imprensa

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