sexta-feira, 28 de junho de 2013

Pesquisa mostra que os três apodrecidos Poderes perdem cada vez mais prestígio.

Muito interessante a pesquisa Datafolha, feita na cidade de São Paulo, que nos foi enviada pelo sempre presente comentarista Mário Assis, ex-secretário de Administração do Governo do RJ na gestão do governador Nilo Batista (PDT).

O levantamento mostra que aumentou muito a parcela dos paulistanos que apoia os protestos contra o reajuste da tarifa de ônibus na cidade. Na quinta passada, 55% eram a favor das manifestações. 

Agora, são 77%. De maneira espontânea, 67% dos paulistanos disseram que o motivo que levou 65 mil pessoas a protestar segunda-feira em São Paulo foi o aumento no preço das passagens do transporte. 

Para 38%, a razão da marcha foi a corrupção. E 35% responderam que o protesto teria sido contra os políticos.

Outro dado impressionante ressaltado por Mário Assis na pesquisa é que, há dez anos, 51% dos paulistanos achavam que o governo federal (Presidência e ministérios) tinha muito prestígio. Em 2007, o percentual caiu para 31%. Hoje, são apenas 19%.

No caso do Congresso, a avaliação é devastadora: os que achavam que o Legislativo não tem nenhum prestígio eram 17% em 2003. Agora, a taxa subiu para 42%

Quanto ao Judiciário, 38% dos paulistanos achavam que esse Poder tinha prestígio em 2003. A taxa recuou em 2007 para 34%. Agora, caiu para 20%.

REDES SOCIAIS 

Ao mesmo tempo, a pesquisa Datafolha mostra que as chamadas Redes Sociais são cada vez mais influentes, como, aliás, ficou demonstrado na organização dessa série de protestos de ruas que agitaram o país. 

As Redes Sociais têm “muito prestígio” para 65% dos paulistanos. A imprensa vem a seguir, com 61%. Em terceiro lugar está a Igreja Católica (35%).

E quem tem mais de influência na sociedade? Redes sociais (72%) e Imprensa (70%) estão em primeiro lugar. Bem abaixo vêm Igreja Católica (34%) e Igreja Universal (32%).

A classe política e os magistrados precisam usar esse tipo de pesquisa como se fosse um espelho, para ver se tomam vergonha e se reconciliam com o povo deste país.

Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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