sexta-feira, 5 de julho de 2013

Henrique Alves deve ressarcir o erário em R$ 113 mil por causa da viagem ao Rio em avião da FAB

Fosse o Brasil minimamente sério e com políticos detentores de rasas doses de responsabilidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN), já estaria afastado da vida pública por desconhecer os limites da imoralidade.

Há mais de quarenta anos no Congresso Nacional, o que em tese permite diferenciar o proibido do permitido, Henrique Alves cometeu o desvario de usar um jato da Força Aérea Brasileira para, na companhia de sete convidados, ir da capital potiguar ao Rio de Janeiro, onde acompanhou a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha. 

O descaramento que marca a política nacional é tamanho, que Alves alegou ter ido ao Rio para um encontro com o prefeito Eduardo Paes, como se isso tivesse alguma chance de ser verdade.

Tal comportamento mostra que o presidente da Câmara dos Deputados mentiu ao afirmar ter se preocupado com os protestos que ganharam muitas cidades brasileiras. 

Fora isso, para chegar ao Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã) o parlamentar pelo menos ouviu as roucas vozes que protestavam no entorno da arena esportiva.

Após o jornal “Folha de S. Paulo” denunciar o fato, Henrique Eduardo Alves, por meio de sua assessoria, informou que devolveria aos cofres públicos o valor correspondente à carona que deu à sua noiva e alguns familiares. No final da tarde de quarta-feira (3) surgiu a notícia que o presidente da Câmara ressarcirá o erário R$ 9,6 mil, valor calculado com base no custo médio de passagens aéreas entre as duas cidades.

É importante lembrar que o “trem da alegria” de Henrique Eduardo Alves não voou para o Rio de Janeiro em avião de carreira, mas em jato executivo da frota da FAB. 

O cálculo feito pela assessoria do parlamentar é extremamente simplista, pois o deslocamento de uma aeronave no trajeto Brasília-Natal-Rio de Janeiro (ida e volta) custa pelo menos R$ 130 mil em qualquer empresa de fretamento de jatos executivos. 

Sendo assim, Henrique Eduardo Alves precisa devolver ao povo brasileiro R$ 113 mil, valor correspondente à nababesca viagem de seus sete convidados.

Alguém precisa avisar ao presidente da Câmara que os brasileiros não madrugam diariamente para financiar as farras de políticos que à sombra de um mandato eletivo acreditam estar acima do bem e do mal.

UchoInfo

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