terça-feira, 16 de julho de 2013

O PPS é um partido tão versátil que começou comunista, virou cirista e agora será serrista. Quem respeita menos o eleitor? Serra ou Freire?

A história do PPS do Coronel Roberto Freire, seu único e vitalício presidente, é um modelo de fisiologismo. Freire está sempre procurando uma boquinha para fazer o partido sobreviver e não tem a mínima vergonha na cara de se associar a qualquer um, para manter o fundo partidário e o tempo de TV. 

Hoje o PPS tem 11 deputados federais, de apenas 9 estados da federação. Senador? O PPS não tem nenhum. É um partideco em oferta no mercado. Já foi aliado do PDT do Paulinho da Força Sindical, do PT do Lula e do PTB do Roberto Jefferson. Além, é claro, do PSDB de José Serra. Quanta elasticidade ideológica ao longo da história!

A origem do atual partido é o stalinista Partido Comunista Brasileiro, que queria pegar em armas para dar um banho de sangue no Brasil e torná-lo um satélite da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Em todas as tentativas para acabar a democracia do Brasil, nos últimos cem anos, o PCB esteve presente.

Em 1992, o PCB virou PPS, Partido Popular Socialista. O nome PPS foi escolhido com 58% dos votos dos delegados, seguido de perto, notem bem, por PDE, Partido Democrático de Esquerda, com 38% dos sufrágios, como se houvesse combinação possível entre esquerda e democracia.

Em 1994, o PPS mostrou a sua verdadeira cara e apoia Lula para a presidência. Em 1996, declarou oposição ao governo FHC.

Em 1998, depois de tirá-lo do PSDB por desavenças com José Serra, lançou Ciro Gomes à presidência da República. Roberto Freire é o vice. O cearense fez pouco mais de 10% dos votos.

Em 2002, novamente o PPS lançou Ciro Gomes. O vice, quanta versatilidade, foi Paulinho da Força Sindical. Daquela vez ele subiu um pouco, chegando a quase 12% dos votos. Mas a sua campanha foi de destruição do candidato tucano José Serra.

Depois de dois fracassos, o PPS não apoiou nenhuma candidatura presidencial em 2006, deixando o fisiologismo correr solto nos estados.

Finalmente, em 2010, passado o período sabático de adesismo, o ex-PCB, o ex-partido do Ciro Gomes, apoiou a campanha de José Serra (PSDB) à presidência da República.

Aliás, o que mais chama atenção era o que Ciro Gomes falava de Serra, enquanto no PPS. Assistam ao vídeo abaixo, aplaudido à época em que o cearense era candidato (2002), por Roberto Freire:



Hoje o Painel da Folha publica, novamente sem desmentido de José Serra:

Às claras Roberto Freire (PPS) já fala abertamente sobre a possível filiação de José Serra a seu partido para disputar a eleição presidencial. Na semana passada, disse em Brasília ao deputado Guilherme Campos (PSD) que o ex-governador paulista "deve" se candidatar.

Velado Serra ainda não falou sobre o assunto com Geraldo Alckmin (PSDB), mas o governador confidenciou a um aliado que tem poucas dúvidas de que o plano do colega se concretize.

É isso. O PPS agora pode mudar de nome e virar o Partido Para Serra. Combina com a sua história. Lamentável por José Serra, que merecia um final melhor de carreira.

Blog do Coronel

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