terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES - 8 DE MARÇO

O Dia Internacional da Mulher, que transcorre neste terça-feira (08/02), não é uma data apenas para comemorar os avanços obtidos pelo sexo feminino. O mais importante é incentivar a discussão do papel da mulher na sociedade e, através de um esforço coletivo, diminuir – quem sabe terminar – com o preconceito e a desvalorização. Outrossim, ainda há muito para conquistar, pois são inúmeros os exemplos de mulheres que estão abrindo novos caminhos e provando que competência, seriedade e determinação independem de sexo.

Dilma Rousseff
Primeira Presidenta do Brasil
E o  maior exemplo nos foi dado nas eleições presidenciais de 2010,    quando o Brasil elege  a primeira Presidenta da República o Brasil, Dilma Vana Rousseff, que obteve 56,05% dos votos válidos, tornando-se a primeira mulher na presidência da República Federativa do Brasil. Ao tomar posse, no dia 1º de janeiro de 2011, discursando no Congresso Nacional, Dilma afirmou: “Meu compromisso supremo [...] é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos! [...] A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”.

Em todos os campos são marcantes os avanços das mulheres. Isto resultou de uma história de lutas e conquistas, na qual o movimento feminista, em cada momento com feições próprias, ajudou a escrever uma página. 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da America do Norte, fizeram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho, elas ocuparam a fábrica, paralisando-a.

Covardemente, a manifestação foi reprimida com violência animalesca, pois as mulheres operárias foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Liga da União das Mulheres do Comércio (Women's Trade Union League). Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque reivindicando o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de votar. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido comemorar o dia 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher”, em homenagem ao sacrifício das mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um DECRETO, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas como Dia Internacional das Mulheres.

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual, num esforço para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher que ainda sofre, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.

Mais de 90% das mulheres brasileiras que trabalham fora, também cuidam da casa. É a conhecida “dupla jornada” sobrecarregando-as com tantas responsabilidades e, para elas, o Dia Internacional da Mulher deveria ser todos os dias. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Não podemos esquecer que grande, também, foi a luta pela emancipação feminina e a regulamentação do voto e, assim, novas vitórias foram surgindo nos anos subsequentes e podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino em nosso país. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no Executivo e Legislativo.

Em 1933, foram eleitas 8 (oito) Deputadas Estaduais em todo o Brasil. Dois anos depois, a cidade de Muqui, no Espírito Santo, elegeu a primeira Vereadora da história brasileira. Maria Felizarda de Paiva Monteiro da Silva, do Partido Social Democrático (PSD), mais conhecida como Neném Paiva, chegou à presidência da Câmara 3 (três) anos depois.

Em Tucuruí foram eleitas em períodos diversos para a Câmara Municipal as Vereadoras Gitita, Juditth, Maria do Neneo, Carmem Guimarães, Rosete Simoni, Ana Bueno - que também foi eleita Vice-Prefeita e eu, Edileuza Meireles.

Passaram-se 47 anos da conquista do sufrágio feminino até o mundo político brasileiro ter sua primeira senadora, Eunice Michiles, da Aliança Renovadora Nacional (Arena) do Estado do Amazonas, que em 1979 assumiu a função após a morte do senador João Bosco de Lima, do qual era suplente.

Em 1990, a mineira Júnia Marise (PDT) e a roraimense Marluce Pinto (PTB) foram as primeiras senadoras devidamente eleitas no país. Até então a primeira senadora da História do Brasil havia sido a Princesa Isabel, que ocupou o cargo gozando de seus direitos dinásticos

E correu mais meio século até uma mulher comandar um ministério. Foi a jurista Esther de Figueiredo Ferraz, que ocupou a pasta da Educação e Cultura até 1985, no governo do general João Figueiredo. Somente em 1995, Roseana Sarney, pelo PFL, se tornou a primeira Governadora brasileira, ao ser eleita no Maranhão. 

Por fim, não se pode esquecer a grande Bertha Maria Julia Lutz (São Paulo, 2 de agosto de 1894 — Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1976). Ativista brasileira, uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil e a quem as mulheres brasileiras devem a aprovação da legislação que lhes outorgou o direito de votar e serem votadas (1932). 

Bertha Lutz  foi uma das figuras pioneiras do feminismo no Brasil. Era zoóloga de profissão. Estudou ciências naturais em Paris, na Sorbonne, com especialização em anfíbios anuros. Depois de tomar contacto com os movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos da América, Berta criou as bases do feminismo no Brasil. Foi a fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), em 1922, após ter representado o Brasil na Assembléia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.
Foi eleita suplente para deputado federal em 1934, após fracassar em duas eleições. Em 1936 assumiu o mandato. As principais bandeiras de lutam eram mudanças na legislação trabalhista com relação ao trabalho feminino e infantil, e até mesmo a igualdade salarial. Em 1937, com o golpe do Estado Novo, perdeu o mandato.

Segundo dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizados até fevereiro de 2011, o eleitorado feminino em Tucuruí corresponde a 49,12% do total de eleitores. 

Entretanto, apesar de sermos praticamente a metade do eleitorado no município, a atual Câmara Municipal conta com somente uma representante do sexo feminino, e nove representantes do sexo masculino. Logo, faz-se necessário que este quadro reverta para uma maior representatividade das mulheres no Parlamento de Tucuruí.

Assim, cabe a nós mulheres, unidas, vencermos mais este desafio!


2 comentários:

Anônimo disse...

12 de Março de 2011: 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista, pela demissão de toda a classe política.



Pessoal : os países árabes , a custa de muito sacrifício, estão se livrando dos déspotas que há anos escravizam seus cidadãos. Lindo exemplo a ser seguido . Nós podemos fazer o mesmo, exigindo mudanças profundas em nosso país . Vamos nos encontrar dia 12 e exigir mudanças. Nós temos um histórico de conquistas pacíficas que nos honra.

Vamos fazer um país que seja realmente para todos e não para poucos. Só com a economia gerada pela extinção destes infinitos gabinetes e mordomias , quantas bocas poderíamos alimentar, quantos leitos de hospital a mais, quantas escolas construídas. Repasse com vontade este novo pleito da sociedade brasileira. Nós devemos isto a nós mesmos. Parabéns a quem teve esta brilhante iniciativa.

12 de Março de 2011 - Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política


Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] do Brasil falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas,14.o e 15.o salários etc.) dos poderes da República;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;
´´´´´

Anônimo disse...

O Estado do Pará precisa de defensores.

Deu no blog da ASCONPA hoje pela manhã, divulguem também.
terça-feira, 29 de março de 2011
Defensoria Pública do Estado não nomeia novos defensores, mas paga super salário ao chefe

Enquanto milhares de cidadãos do Estado sofrem pela falta de defensores públicos concursados, a Defensoria Pública do Estado, que alega não ter dinheiro para nomear novos defensores, paga ao titular do órgão salário de R$ 30.279,40. Isso mesmo, trinta mil e duzentos e setenta e nove reais e quarenta centavos.
A origem desta informação está no Demonstrativo de Remuneração de Pessoal – Ativo 2011 - Folha de janeiro de 2011 - Número de Publicação: 21.5401. Valor muito acima do teto constitucional.

Alguns salários de comissionados da Defensoria Pública do Estado:
Defensor Público Geral R$ 30.278,40
Subdefensor R$ 27.482,11
Assessor R$ 17.448,77
Coord. de Finanças R$ 4.816,04
Coordenador Política Cível Metropolitana R$ 14.821,35
Coordenador Política Criminal Metropolitana R$ 19.710,99
Coord. De Política Cível e Criminal do Interior R$ 14.147,65
Corregedor Geral R$ 26.744,98
Diretor do Centro de Estudos R$ 22.172,7
Diretor do Interior R$ 17.421,48
Diretor Metropolitano R$ 29.905,50
Chefe de Gabinete R$ 24.534,70
Sec. Geral de Diretoria Metropolitana R$ 19.710,95
Total de salário pagos aos DAS da Defendoria Pública do Estado em fevereiro: R$ 649.684,24.

Postado por ASCONPA

Diversas notícias sobre a defensoria já foram postadas em diversos blogs.
No blog do Dep. Parsifal as postagens sobre esse assunto chegam a 500.

PELA NOMEAÇÃO DE MAIS DEFENSORES PARA TODO O ESTADO DO PARÁ............

Endereços dos Blogs.
http://www.uruatapera.com/blog/blog.asp
http://blogdosconcursados.blogspot.com/2011/03/defensoria-publica-do-estado-nao-nomeia.html
http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2011/03/aprovados-em-concurso-para-defensor.html
http://novoblogdobarata.blogspot.com/2011/03/concursados-na-defensoria-92-espera.html
http://blogdoestado.blogspot.com/2011/03/aprovados-em-concurso-para-defensoria.html