José Maria Marin |
Em meio às polêmicas sobre a participação de José Maria Marin durante a ditadura militar, Jérôme Valcke afirmou que o Comitê de Ética da Fifa pode investigar o presidente da CBF.
Em entrevista ao jornal Lance!, o secretário geral da Fifa disse que a entidade pode investigar o presidente da CBF caso surja alguma denúncia sobre ele.
A pressão sobre Marin, presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo) após a divulgação de documentos que comprovam o apoio do dirigente ao governo militar.
Valcke ainda não vê a questão como algo a ser analisado pela Fifa, mas deixou aberta a possibilidade de uma investigação.
"Por enquanto, esse é um problema do Brasil, não da Fifa. Mas, se o Comitê de Ética da Fifa e a Câmara de Investigação quiserem abrir uma investigação, podem fazê-lo. Esse é o sistema do novo Comitê de Ética. Eu não sei o que vocês, brasileiros, querem fazer e não sei se vocês estão abrindo uma investigação, mas até agora eu diria que estamos trabalhando todos juntos", afirmou o secretário geral.
A reportagem teve acesso a documentos do arquivo do regime militar que comprovam o envolvimento de Marin com o governo da época. Em sua carreira política, o atual presidente da CBF foi acusado de desviar verba pública, foi ligado à ala radical da ditadura e usou a política para interferir no futebol.
A CBF também se vê às voltas com denúncias de irregularidades. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a compra do novo prédio da entidade teria sido superfaturada. Marin, substituto de Ricardo Teixeira na presidência da CBF, tem mandato até 2015.
Valcke também comentou a respeito de outra polêmica: a ameaça de o Itaquerão não receber a partida de abertura do Mundial-2014. A Fifa definiu que todos os estádios da Copa devem ser entregues até 31 de dezembro.
"O problema de São Paulo é recente. Foi apenas há alguns dias que São Paulo anunciou que não ficaria pronta em dezembro de 2013, mas sim em março de 2014. Pedi ao Ricardo Trade [CEO do COL] e ao Ron Delmond, que é o chefe do escritório da Fifa no Brasil, uma reunião para a gente entender qual o problema e para que eles também entendam que queremos manter o prazo até dezembro. Por ora não há discussão para mudar a abertura", explicou.
UOL
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