sexta-feira, 7 de junho de 2013

Enquanto São Paulo pega fogo, Manaus barateia ônibus

Arthur Virgílio Neto
A Avenida Paulista parou por algumas horas na noite desta quinta-feira durante protesto contra a elevação das passagens de transporte público de R$ 3,00 para R$ 3,20. 

Cerca de duas mil pessoas queimaram sacos de lixo para impedir o tráfego de veículos e depredaram estações de metrô e um shopping center, em distúrbios que resultaram na prisão de 15 pessoas

Protestos semelhante ocorreram em outras sete capitais, também devido a reajuste nas passagens. Enquanto isso, em Manaus, o preço da condução caiu.

O prefeito da capital amazonense, Arthur Virgílio Neto (PSDB), anunciou, na manhã desta sexta-feira, a redução da tarifa dos atuais R$ 3,00 para R$ 2,90. 

Assim, a cidade se tornou uma das primeiras capitais do país a reduzir a tarifa do transporte coletivo público após a edição da Medida Provisória 617/2013, que reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incidentes sobre a receita decorrente da prestação de serviços regulares de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União em 1º de junho, como destacou o prefeito tucano. "Vou ligar ainda hoje para a presidente Dilma Rousseff e comunicar a ela a nossa postura", avisou Virgílio. 

"Não sei quantas outras cidades já fizeram isso, mas eu estou fazendo porque o cálculo aponta que é possível a redução. Depois de 17 meses de demora, tive que fazer o reajuste da tarifa porque o sistema estava descapitalizado, desequilibrado", comentou.

Segundo o prefeito, "algumas empresas tinham ótimas linhas e outras tinham péssimas linhas e para resolver essa situação criamos a Câmara de Compensação, onde quem ganha mais ajuda quem ganha menos". "Com a medida provisória assinada em maio, vimos que a redução não vai prejudicar o sistema", completou o ex-líder do PSDB no Senado.

Tarifas

A tarifa deve ser reavaliada novamente em abril de 2014. Junto com a redução anunciada nesta sexta, Virgílio promete intensificar o combate ao transporte clandestino, além de limitar a entrada de novos veículos no sistema alternativo e executivo. 

Segundo ele, o número de mototaxistas deve ser reduzido após a regulamentação da categoria, que vai discutir as regras do sistema em audiência pública na próxima segunda-feira.

"Adotando essas medidas, nós vamos conseguir aumentar o Índice de Passageiros por Kilômetro (IPK). Isso significa que cada ponto de aumento do IPK vai possibilitar a redução da tarifa. Pode ser que daqui um ano, quando formos reavaliar a tarifa do sistema, esse valor seja diminuído", comentou o prefeito.

Com Prefeitura de Manaus/BRASIL 247

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