domingo, 9 de junho de 2013

Formação de quadrilha



Causa perplexidade e ao mesmo tempo indignação observar a forma de agir dos deputados e senadores na seara política desta nação. 

No Congresso Nacional, local de disputas de projetos sérios como forma de representação legítima aos eleitores, desviam da trajetória normal e ocorrem as atrocidades legislativas, ou seja: em nome da sustentação política fazem de tudo, prejudicando os eleitores que lhes outorgaram a representatividade. 

Com esses parlamentares fazendo tudo que lhes é de interesse, ficamos na insegurança. 

Pior, o que parece ser formação de quadrilha para pilhar os eleitores virou outro nome: coordenação política. Em passado bem próximo, os congressistas aprovaram a Lei da Ficha Limpa com o viés do populismo e receio de a comunidade eleitoral se sentir traída, eles ficaram bem na fita.


A exigência popular de 1,6 milhão de assinaturas foi marco importante para o feito. Entre tapas e beijos foi um avanço. Só que, passados alguns meses, voltam com um texto que altera o que eles mesmo aprovaram e que beneficia os ‘fichas-sujas’ que estão no poder, estabelecendo o cenário torpe da política. 

Estacionam a democracia, ferem os direitos do cidadão e desmoralizam o Legislativo, que não tem zelo pelas leis que faz. O Congresso, que em tantos desvios já não parece legítimo representante do povo, ao aceitar desastrosa proposta, não dá mostra de mudança de comportamento. 

O deputado Cândido Vaccarezza, comandante de uma tropa míope, deveria potencializar a Lei da Ficha Limpa com uma proposta que vai ao encontro das expectativas de seus eleitores. 

Portanto, não se faz necessária lei que regulamenta o que já existe como prática, é um retrocesso.

Blog do Eduardo Homem de Carvalho

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