sábado, 15 de junho de 2013

Jogo de empurra em SP: tucanos culpam inflação e petistas criticam a PM

"Queria destacar o caráter político
do movimento, que ocorre nas principais
capitais do país e inclusive em cidade
que não teve aumento de tarifa,
sempre com a violência",
Geraldo Alckmin,
governador de São Paulo
A crise política derivada do confronto entre manifestantes e policiais militares por conta do reajuste das tarifas de transporte público em São Paulo subiu ao palanque de 2014 e transformou-se em um jogo de empurra entre autoridades federais, estaduais e municipais. 

Aliados do prefeito Fernando Haddad (PT) dizem que as próximas manifestações serão motivadas pela truculência da polícia do governo de Geraldo Alckmin (PSDB); os tucanos admitem que houve excessos da Polícia Militar, mas acrescentam que as passagens subiram por causa da inflação, gerada a partir do descontrole do governo federal; e o Planalto lembra que convenceu o prefeito e o governador a reajustar as passagens para R$ 3,20 e não R$ 3,30, como previsto originalmente.

Outros protestos continuam sendo marcados. Na segunda-feira, os manifestantes do Movimento Passe Livre prometem nova passeata para reclamar da ação ostensiva da tropa de choque na PM na noite de quinta-feira. 

"A violência praticada em nome do 

Estado não pode ser tolerada. A PM 
tem o dever de conter abusos, mas 
nunca agir de forma arbitrária e 
violenta", José Eduardo Cardozo, 
ministro da Justiça
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 232 pessoas foram detidas para averiguações e quatro, presas. Oficialmente, nem Polícia Militar nem Polícia Civil nem tampouco a Secretaria de Segurança divulgam número de feridos. 

O Movimento Passe Livre afirma que foram 100. O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, atingido por uma bala de borracha, passou ontem por uma cirurgia para costurar o globo ocular, mas as chances de que ele recupere a visão seguem abaixo dos 5%.

Correio Braziliense


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