É impressionante a movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visando à sucessão presidencial de 2014. Sob a égide do Instituto Lula, ele vem cumprindo uma agenda muito apertada, em âmbito nacional, que inclui palestras em entidades sindicais e empresariais.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente está se fortalecendo dentro do PT, através de sucessivas reuniões com os filiados mais antigos e de maior prestígio.
Tem procurado se encontrar também com destacados militantes que se afastaram do partido, inclusive alguns que divergiram dele e dos rumos de seu governo.
Outra preocupação de Lula é se reaproximar das centrais sindicais, que começam a descolar da presidente Dilma Rousseff e têm criticado o governo pelos excessos nas políticas de privatização e de terceirização de serviços públicos.
Como a intermediação do governo Dilma Rousseff com as centrais sindicais está a cargo do ministro da Secretaria-Geral Gilberto Carvalho, essa aproximação de Lula fica facilitada, porque todos sabem que Carvalho é o principal representante do ex-presidente no atual governo.
CENTRAIS SINDICAIS
A CUT e as demais centrais estão apertando o cerco contra a tramitação do Projeto de Lei 4.330/2004, que, a pretexto de regular as atividades, amplia a terceirização, ao possibilitar trabalho terceirizado nas atividades-fim.
Na terça-feira, pela manhã, as centrais farão nova rodada de conversações com o ministro Gilberto Carvalho, na mesa permanente de negociações. Principal ponto de pauta: terceirização.
As centrais denunciam que pressão empresarial colocou o projeto novamente na agenda da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, esta terça-feira, e a CUT está organizando uma manifestação de protesto. A concentração será na CUT Nacional em Brasília (Quadra 1, Bloco i, Ed. Central, 6º andar).
Os manifestantes partirão para a Câmara dos Deputados por volta das 13h30, e a manifestação será às 14h30, no Anexo II da Câmara dos Deputados, Plenário 1.
Ver a CUT se posicionando livremente parece uma volta ao passado. Agora só falta a UNE colocar os estudantes na rua.
Carlos Newton/Tribuna da Imprensa
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