quarta-feira, 17 de julho de 2013

Centrais Sindicais ameaçam o governo federal e marcam greve geral para 30 de agosto

A situação está cada vez mais esquisita. As Centrais Sindicais, que combinaram com Lula o fracassado “Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilização”, realizado dia 11, voltam à carga e já resolveram estabelecer um prazo para que o governo federal negocie suas reivindicações. 

Se não houver vontade de diálogo por parte das autoridades, os dirigentes irão realizar o Dia Nacional de Paralisação, marcado para 30 de agosto.

Também ficou decidido que dia 6 de agosto as Centrais farão atos em frente às entidades empresariais nos Estados para cobrar a retirada da pauta do Congresso Nacional do Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização. “Ficou claro para o Congresso e o governo que é preciso atender esse item da nossa pauta”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

É urgente para os trabalhadores que os seguintes itens sejam atendidos: fim da terceirização abusiva; redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário; 10% do PIB para educação; 10% do Orçamento da União para a saúde; fim do Fator Previdenciário.

Para o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, agora todo o País conhece a pauta dos trabalhadores e também sabe que, se o governo não abrir as negociações, a paralisação em 30 de agosto poderá ser a maior que o País já vivenciou.

DIA NACIONAL

Acredite se quiser. Os dirigentes avaliaram como positivo o Dia Nacional de Luta e acreditam que o governo percebeu a necessidade de atender as reivindicações dos trabalhadores. “Com os atos, ganhamos mais condições de negociar com o governo”, afirma Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical.

Para José Maria de Almeida, coordenador da CSP-Conlutas, a definição de novas manifestações sindicais é muito importante. “Conforme ficou demonstrado na força das mobilizações do dia 11, a classe trabalhadora está disposta e vai manter a pressão sobre o governo”.

“Foi um dia histórico. Praticamente todas as categorias estiveram mobilizadas e mais de 2 milhões de trabalhadores participaram das manifestações pelo País”, destaca o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira).

Carlos Newton

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