quinta-feira, 18 de julho de 2013

Eike Bastista é investigado por venda suspeita de ações

Eike Batista
Parece não acabar a má fase do empresário Eike Batista, que a cada dia recebe uma nova notícia ruim. A mais recente é uma nova investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra sua empresa OGX, agora por uma denúncia de 'insider trading'. Outro inquérito já tratava de falhas de comunicação praticadas pela petroleira.

Por meio de uma carta aberta direcionada ao presidente da CVM, Leonardo Pereira, o investidor Rafael Ferri alerta para uma venda suspeita de ações dias antes de a OGX anunciar que não tem mais tecnologia para extrair petróleo de seus poços. 

Dados da OGX mostram que Eike vendeu cerca de 56 milhões de ações da empresa entre 7 e 13 de junho. Em maio, outra operação efetuou a venda de mais de 70 milhões de ações.

As duas enormes negociações levantaram para o ainda bilionário R$ 75,4 milhões, no caso da mais recente, e R$ 121,8 milhões na de maio. "Ou seja, cerca de 20 dias antes de a OGX divulgar publicamente para o mercado o fato de que muitos poços de petróleo não eram viáveis economicamente, e a cotação da respectiva ação despencar, o bilionário discretamente vendeu 126 milhões dessas ações", diz trecho da carta de Ferri.

"O Sr. Eike Batista, quando vendeu suas ações, já não sabia que a empresa não era completamente viável? Ou foi somente uma coincidência?", questiona o investidor, que abriu pedido formal para a investigação contra Eike. 

Em nota, a CVM confirmou estar investigando o caso. Ferri disse acreditar também que a promessa de que o empresário depositaria R$ 1 bilhão na petroleira é apenas uma manipulação psicológica de mercado por parte de Eike Batista.

Ajuda do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que chegou a emprestar R$ 10,4 bilhões a Eike Batista, contribui agora na busca de investidores para os projetos do empresário, informa reportagem do jornal 'O Estado de S.Paulo' desta quinta-feira 18. 

As prioridades seriam o Porto do Açu, em obras no Rio de Janeiro, e ativos da mineradora MMX. A OGX, principal motivo dos problemas financeiros de Eike, não estaria na lista, de acordo com o jornal.

Brasil 247

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