terça-feira, 9 de julho de 2013

Uso indevido de aviões da FAB vazou para retaliar o PMDB, que é contra o plebiscito

Tudo combinado – O uso indiscriminado de aeronaves da Força Aérea Brasileira por autoridades sempre foi de conhecimento do governo federal, que há muito finge não saber por mero interesse político. 

No governo de Luiz Inácio da Silva, o assunto veio à baila por iniciativa do então deputado federal Gustavo Fruet, atual prefeito de Curitiba. 

Requerimentos sobre o uso das aeronaves da FAB foram protocolados na Câmara dos Deputados, mas o assunto caiu na vala do esquecimento por força de pressão oficial.

Assessores mais próximos da presidente Dilma Rousseff sempre souberam dos abusos cometidos por políticos em relação ao uso de jatos oficiais, mas até agora o silêncio obsequioso foi decorrente da necessidade do governo de manter a base aliada supostamente intacta.

Com as recentes manifestações populares e o posicionamento do PMDB contrário ao plebiscito proposto por Dilma Rousseff, o assunto veio à baila de forma proposital. 

O objetivo era retaliar o principal partido da base aliada, além de passar à opinião pública a sensação de retidão que inexiste em um governo adepto do escambo político. 

Não foi por acaso que somente três integrantes da cúpula do PMDB (Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Alves Filho) foram flagrados na transgressão. E o troco será dado no Congresso Nacional, durante a votação de matérias de interesse do governo.

A queda de braço entre o governo e o PMDB está apenas começando. Dilma é estreante nesse tipo de briga e a tendência é que os palacianos percam a disputa, que deve se acirrar ainda mais nos bastidores.

Em jogo estão as eleições de 2014, quando nenhum partido aceitará subir no palanque carregando o entulho da corrupção, do desmando e da inoperância.


Declaração de Renan confirma notícia sobre retaliação ao PMDB no caso dos aviões da FAB

Chumbo trocado – O fato de notícia sobre o uso indevido de aviões da FAB por parlamentares e autoridades ter vazado para retaliar o PMDB foi confirmada no plenário do Senado Federal, na segunda-feira (8). Não se trata de defender os transgressores, mas de mostrar o grau de sordidez que impera na política nacional.

Na última semana, três peemedebistas foram alvo de notícias sobre o tema: Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e o ministro Garibaldi Alves Filho, da Previdência Social. 

Todos usaram aeronaves da Força Aérea Brasileira para fins particulares, o que é proibido por lei.

Renan Calheiros, que usou um avião da FAB para ir de Maceió a Porto Seguro e acabou obrigado a devolver ao erário R$ 32 mil, declarou total apoio ao requerimento do senador tucano, o que classificou como absolutamente necessário. 

Renan justificou dizendo que os voos da FAB são financiados com o dinheiro público e que a população tem o direito de saber dos detalhes.

O vazamento das informações sobre as viagens dos três peemedebistas foi a forma encontrada pelo governo para retaliar o partido, que no Congresso trabalha contra a realização do plebiscito para a reforma política, assunto que Dilma tem insistido.

A manifestação de Renan Calheiros mostra que o PMDB comprou a briga proposta por Dilma Rousseff, que para responder às roucas vozes das ruas tenta colocar os aliados no olho do furacão. 

Uma decisão equivocada que pode custar muito caro ao Palácio do Planalto, pois nessa queda de braço quem tem mais a perder é a presidente.

Ucho.Info

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