sábado, 31 de agosto de 2013

Ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República é preso no Paraná

O ex-assessor da Casa Civil
Eduardo André Gaievski
 (Reprodução/Facebook)
O ex-assessor especial da Casa Civil da Presidência da República Eduardo André Gaievski foi preso na madrugada deste sábado em Foz do Iguaçu, no Paraná, fronteira com Argentina e Paraguai. 

Segundo a Polícia Civil do estado, ele foi levado a Curitiba na manhã deste sábado. A Justiça havia pedido a prisão preventiva de Gaievski, que é suspeito de abuso sexual de menores, conforme revelou o site de VEJA. 

Afastado do cargo desde a revelação do caso, Gaievski nega as acusações de estupro e atribui as denúncias a adversários políticos que teriam interesse em prejudicar a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que deve se lançar candidata ao governo do Paraná. 

Gaievski também diz que as denúncias são uma retaliação de integrantes do Ministério Público que teriam sido denunciados por ele quando comandou a prefeitura de Realeza

Gaievski foi prefeito de Realeza por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Em janeiro, a convite de Gleisi, assumiu o cargo de assessor especial da Casa Civil e ficou encarregado de coordenar programas sociais ligados a menores: combate ao crack e construção de creches.

Acusações 

Um inquérito que tramita em segredo no fórum da cidade reuniu depoimentos de supostas vítimas de Gaievski. Segundo os relatos, o então prefeito oferecia dinheiro a meninas pobres em troca de sexo. 

Eu tinha 13 anos de idade e o prefeito foi me buscar no colégio para levar para o motel”, diz J. S., uma das vítimas, hoje com 17 anos. O prefeito, segundo os relatos, aliciava as garotas usando mulheres mais velhas para convencê-las a manter relações com ele.

“A gente era ameaçada para não contar nada a ninguém”, diz A.F., que tinha 14 anos à época em que conta ter sido levada ao motel Jet’aime pelo prefeito três vezes, recebendo entre 150 e 200 reais cada uma delas. P.B., outra suposta vítima, afirma que saiu com o prefeito três vezes em troca de um emprego na prefeitura. “Hoje tenho depressão e vivo a base de remédios”, diz a moça, que está com 22 anos. “Quando ele enjoou de mim, fui demitida.”

(Com Estadão Conteúdo)

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