O Ministério Público descobriu que a Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, no Ceará, comprou 33 mil esponjas de aço, 4.200 vassouras, 2.500 quilos de sabão, 2.500 caixas de fósforo, 1.400 mil litros de água sanitária e 1.200 quilos de açúcar.
Para completar a lista, a despesa incluiu também a aquisição de 312 unidades de óleo de peroba.
O material seria destinado para uso na sede do Poder Legislativo local, que tem apenas 21 vereadores e, no início deste ano, tentou reduzir o salário dos professores.
Por conta desse episódio, o prefeito da cidade, Raimundo Macedo (PMDB), chegou a ser sitiado pela população em junho. A manifestação, na época, reuniu cerca de oito mil pessoas.
- Não precisa de vassoura para varrer? Então, se precisa de vassoura, é para ser comprada - justificou o presidente da Câmara, Antônio de Lunga (PSC).
A oposição desaprovou o gasto e exige do Ministério Público que haja uma investigação completa. O vereador Danty Benedito (PMN) considerou a compra um absurdo:
- Na Câmara Municipal, só existe uma cantina. Nós só temos duas sessões ordinárias por semana. Então, eu não vejo o porquê dessas compras absurdas - questionou Benedito.
O vereador Darlan Lobo, que integra a Mesa Diretora, está constrangido com o excesso de produtos. Todo o material está guardado em um prédio particular, a cerca de quatro quilômetros da sede legislativa de Juazeiro do Norte.
- Isso é uma vergonha. Chacota, de passar na rua e perguntarem "Cadê as vassouras? Cadê o sabão?" - protestou Lobo.
O Globo
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