segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Golpe da barriga

Chico Vigilante
A advogada do Partido dos Trabalhadores Lucia Juliane de Almeida Paiva passou três vezes pelos quadros da Câmara Legislativa, ocupando cargos de confiança, nas categorias CL 06 e CNE1, que lhe garantia o mais alto salário do Distrito Federal, hoje em torno de R$ 15 mil.

Até aí, tudo bem. O problema que está sobre a mesa da Câmara para ser analisado é que Lícia aplicou por duas vezes o golpe da barriga, em 2010 e em 2012. 

Na primeira vez, a advogada, mesmo sabendo que estava grávida e tendo total conhecimento da lei, aceitou convocação da autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante para ser sua assessora de confiança. Mas exerceu o cargo por apenas 181 dias, quando foi demitida pelo deputado.

Lúcia recolheu-se em casa, teve seu primogênito e, orientada pelo advogado do PT de Brasília, Claudismar Zupiroli, entrou com uma ação para receber seus direitos.

Obviamente que a doutora obteve ganho de causa, abocanhando uma boa quantia dos cofres públicos.

Lúcia que começou a carreira como estagiária do escritório de advocacia que defende o PT do DF em todas as pendências judiciais, passou pela primeira vez pela CLDF exercendo o Direito, mesmo antes da formatura, indicada pelo chefe doutor Zupirole. Pelos belos serviços prestados foi alçando melhores salários, sempre divididos com o escritório.

Entre uma gravidez e outra, em 2012, Lícia defendeu nos tribunais vários membros do PT /DF, inclusive o presidente Policarpo e o governador Agnelo Queiroz, tamanha era a competência da advogada.

O melhor de tudo, e que está no rumoroso processo que será julgado pela Câmara, é que a autoridade parlamentar deputado distrital Chico Vigilante, também cliente da moça em vários processos, mesmo tendo perdido a causa trabalhista dois anos antes, fez uma gambiarra e contratou Lícia, mais uma vez grávida, em 2012, por apenas 55 dias. 

Mais uma vez, Lícia aplicou o golpe da barriga sob a orientação do chefe no escritório e com total anuência da autoridade parlamentar.

Quando toda essa história ameaçou vir à tona, Lícia recebeu a orientação no escritório para retirar o processo trabalhista. Mas não foi possível. E a história será contada na íntegra não só na Câmara, mas na Justiça comum. 

Uma vez que sabe das Leis, a advogada procurou distritais amigos dizendo que foi obrigada a fazer isso, mas que tem todos os comprovantes das transferências bancárias com quem foi dividido o bolo. 

A doutora agora vai levar com ela todos que participaram de um plano sórdido contra o GDF, que revela que as causas do PT são pagas com o assalto aos cofres públicos.

QuidNovi

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