quinta-feira, 12 de setembro de 2013

São todos culpados

A quem debitar a responsabilidade por mais um escândalo no ministério do Trabalho? Claro que ao PDT e seus dirigentes maiores, a começar pelo presidente Carlos Lupi. 

O atual ministro, Manoel Dias, no papel de marionete, também carrega sua parcela de culpa, mas junto com eles está a presidente Dilma Rousseff. Quem mandou conservar Lupi, no início de seu governo? 

Bem que ela tentou botar ordem na confusão nomeando Brizola Neto, mas não teve forças para conservá-lo, dada a chantagem feita pelo partido, ameaçando deixar de apoiar o governo caso não fosse, como foi, empossado Manoel Dias. 

O diabo é que a corrupção voltou, da ordem de 400 milhões de reais desviados de um dos programas sociais do ministério.

Numa palavra, a lambança é geral, na pasta um dia dedicada a defender os interesses do trabalhador. Estivesse Leonel Brizola entre nós e nada disso aconteceria. 

A presidente Dilma está na obrigação de afastar o PDT de sua equipe. E poderia aproveitar a oportunidade para limpar o seu governo de influências análogas, de outros partidos que, mesmo flagrados em irregularidades, continuam detendo ministérios como capitanias hereditárias.

Entre 12 e 15 ministros serão candidatos às eleições do próximo ano. Terão que sair, obrigatoriamente, em abril. Indaga-se porque a chefe do governo não antecipa a mudança, livrando-se de companhia tão prejudicial? No fim, a ela caberá o ônus para a crônica futura. 

“REFORMAS”

Voltam à carga os conservadores. Vão iniciar nova campanha pelas “reformas” que dizem necessárias à retomada do desenvolvimento. Sugerem iniciativas capazes de aumentar-lhes o lucro e os privilégios. Quais? 

Demissões em massa no serviço público. Aumento de impostos para as classes menos favorecidas, dentro do princípio de que mais pessoas pagando, todos pagariam menos. No caso, eles. 

Também propõem cortes em investimentos sociais, limitação dos gastos públicos, extinção das leis trabalhistas, privatização do que lhes falta ser concedido de patrimônio público, abertura completa ao capital estrangeiro. As elites ganhariam o paraíso. 

VOTO DECLARADO

A aprovação de Rodrigo Janot para Procurador Geral da República, no Senado, verificou-se pelo voto secreto. Foram 60 a favor e 4 contra. Indaga-se o porque do sigilo prestes a ser extinto por emenda constitucional.

Carlos Chagas

Nenhum comentário: