quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Mostra com imagens inéditas comemora os 111 anos do nascimento de Juscelino Kubitschek

Nada mais natural do que juntar a história de vida de Juscelino Kubitschek e a da construção de Brasília. Criador e criatura. 

Juntos, novamente, a partir de hoje com a inauguração da exposição JK 111 anos — O realizador, no memorial que leva o nome do ex-presidente. 

A mostra com imagens inéditas faz parte das comemorações da data de nascimento do fundador da capital federal, celebrada neste 12 de setembro.

O Plano de Metas de 1956 de JK ligou, para sempre, o presidente à capital da República. A memória do homem que prometeu 50 anos de progresso em cinco de mandato e ergueu uma cidade em pouco mais de três anos está por todos os lados do DF. 



Vai muito além do Catetinho, primeira residência oficial de Juscelino, passa pelo Palácio da Alvorada, de onde fez alguns despachos como presidente, e pela barragem do Paranoá, obras que acompanhou de perto.

Essas imagens serão exibidas a partir de hoje no Memorial JK. Em parceria com o Arquivo Público e com a Secretaria de Cultura do DF, foi elaborada uma programação para homenagear o fundador de Brasília. “Vamos contar um pouco do governo dele (JK) e da construção da cidade. Há vários fatos e fotos inéditas, cinejornais e exposição multimídia e interativa”, explicou o superintendente do Arquivo Público do DF, Gustavo Chauvet. 

Durante o dia, haverá homenagens ao ex-presidente e, à tarde, apresentação da Orquestra Sinfônica. Na ocasião, será relançada a revista Brasília a publicada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) em 21 de abril de 1960. 

Foto: Memorialjk/Reprodução
“Neste ano, por conta de todas essas manifestações no país, é importante mostrar que o governo consegue concretizar metas. JK construiu uma capital em mil dias e mostrou que é possível fazer tudo o que se quer, quando há liderança e um governo que agrega”, reforçou a neta de Juscelino e presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek Pereira. 

“Brasília estar consolidada como cidade e como capital de todos os brasileiros o deixaria muito feliz, mas vivemos um momento em que a voz das ruas clama por mudança em todo o país”, completou.

Medalha

O escritor Adirson Vasconcelos conheceu Juscelino em 1957 e acompanhou toda a construção da capital. “Quando inspecionava os canteiros de obras, ele se misturava aos milhares de trabalhadores, cumprimentava e os incentivava à grande batalha; era emocionante”, lembrou. 

Ele ressaltou a importância das comemorações e das homenagens a JK e a ligação que ele tem com a cidade. “Foi um homem que amou intensamente o país e fez muitos trabalhos. 

O coronel Affonso Heliodoro Silva, 97 anos, também foi grande amigo de JK. As duas famílias de Diamantina (MG) se conheciam desde o tempo em que os meninos eram crianças. 

Heliodoro tornou-se oficial da Força Pública de Minas Gerais (atual PM) e, quando JK assumiu o governo do Estado, convidou-o para se juntar à equipe.

“Brasília representou a conquista de um outro Brasil, e isso devemos a ele.” Coronel Heliodoro lembra que JK se encantava com o pôr do sol da cidade e completa: “A cidade cresceu de forma desordenada, mas sempre foi um atrativo para o resto do país graças a ele”.

Além da capital federal, a data de aniversário de 111 anos de JK será celebrada em Diamantina, cidade onde nasceu e em que haverá a tradicional festa com entrega da Medalha JK. 

A honraria é concedida a pessoas que tenham contribuído para o desenvolvimento da cidade, do estado de Minas Gerais e do país. Na noite da última terça-feira, a prefeitura de Belo Horizonte reinaugurou a Casa Kubitschek, na orla da Lagoa da Pampulha e onde morou o ex-presidente.

Correio Braziliense

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