segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Supremo já caiu no precipício e não percebeu

Não é só Dias Toffoli quem vem mantendo relações questionáveis com instituições que necessitam de seu julgamento em Brasília. A informação não necessita de melhores fontes, uma vez que foi retirada diretamente do Diário Oficial da União.

A cronologia dos eventos levanta suspeitas a respeito da independência do ministro Barroso:

20 de junho de 2013 - Luis Roberto Barroso inicia seus trabalhos junto ao STF.

12 de agosto de 2013 - Escritório ligado ao nome do ministro é beneficiado pela União com inexigibilidade de licitação num valor que ultrapassa os 2 milhões de reais.

11 de setembro de 2013 - Luis Roberto Barroso vota pela reabertura do julgamento do mensalão, voto este que pode ser decisivo para livrar da cadeia alguns mensaleiros ligados ao governo.

Ontem, durante voto do ministro Marco Aurélio Mello, Barroso pediu a palavra para defender a suposta independência que possuía:

“Parece irrelevante a opinião pública, e fico muito feliz quando uma decisão do tribunal constitucional coincide com a opinião pública, mas se o que considero certo não bate com a opinião pública, eu cumpro meu papel. A multidão quer o fim desse julgamento, e eu também. Mas nós não julgamos para a multidão, nós julgamos pessoas. [...] Não estou aqui subordinado à multidão. Não tenho o monopólio da certeza, mas tenho o monopólio íntimo de fazer o que acho certo”.

Irritado com as críticas recebidas, o ministro Marco Aurélio Mello não se furtou de em plena corte chamá-lo de “novato”. 

Se Barroso possui de fato o “monopólio íntimo” de fazer o que acha certo, talvez seja justo aguardar que torne público esclarecimentos sobre sua real relação com o escritório em seu nome. PORTAL9


A noticia de que o escritório de Luis Roberto Barroso recebeu mais de R$ 2 milhões da União pode ser acessada em vários sites na internet – basta pesquisar no Google.

Fabiano Portilho (Veja)

Nenhum comentário: