sábado, 16 de novembro de 2013

A disputa da sucessão presidencial ainda não começou

Os jornais noticiaram que quinta-feira, depois de três horas e meia de conversa, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliaram que a execução antecipada das penas dos réus petistas do mensalão é mais favorável para o governo do que a prisão em 2014, um ano eleitoral. 
 
E disseram que “Dilma quer que essa etapa do julgamento termine logo para que adversários não explorem ainda mais o assunto durante a campanha”.

Os jornais esqueceram que o autor da prisão dos mensaleiros, ministro Joaquim Barbosa, tem até o dia 5 de abril para se filiar a algum partido e se candidatar à Presidência. 
 
Até lá, qualquer análise sobre a sucessão presidencial não vale nada, é lixo puro, assim como qualquer pesquisa eleitoral fica totalmente prejudicada.

Barbosa tem cara de candidato, pinta de candidato e age como candidato, dando uma entrevista atrás da outra e se mantendo no noticiário. Não faltam partidos que o aceitem, conta com apoio de boa parte da classe média e dos jovens, sem falar nos afrodescendentes, que são maioria neste país mestiçado e com vários tons de morenidade, como diz o consultor Darc Costa, estudioso da política latino-americana.

Traduzindo: a sucessão ainda não começou.

Carlos Newton

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