sábado, 27 de abril de 2013

Dia da sogra: conheça a história de noras e sogras que são puro amo

Luciana Lacerda troca carinho com
 sua sogra Helena Maria Piceara

 Foto: Luiz Ackermann/Extra
Amanhã é Dia da Sogra. Se você aí torceu o nariz para a data, provavelmente, faz parte do clube das noras descontentes. Mas na contramão dessas relações espinhentas com a mãe de seu amado, existe uma turma que conseguiu subverter a regra do “é minha sogra eu já odeio”.

Essa quase sempre tumultuada relação tem sido retratada em “Salve Jorge”. Dona Áurea (Suzana Faini) é o pesadelo de qualquer candidata ao coração de Theo (Rodrigo Lombardi). Extremamente apegada ao filho, ela não facilitou nem mesmo para Érica (Flávia Alessandra), a quem considerava a nora ideal. Mas não precisa ser assim. Acredite.

— A nora é desejada desde que não leve o filho para longe da mãe. Mas é uma competição desleal para todas as partes, porque elas nunca ocuparão o mesmo espaço na vida dele — explica a psicopedagoga Quézia Bombonatto.

Para mostrar que é possível, sim, conviver numa boa com a mãe do parceiro, contamos histórias de mulheres que se orgulham do entrosamento que criaram, a despeito do tipo de parentesco.

— Toda mãe quer ver o filho feliz e bem-cuidado. Esse é o pré-requisito para a nora ser aceita — garante Helena Maria Piceara, sogra de Luciana Lacerda.

- A nora tem que conhecer os costumes da família em que está entrando, e ver se dá para conviver. O namoro é a fase ideal para isso. Nora e sogra têm de ter relacionamento direto e não envolver o homem na história. A mãe deve entender que conflitos com a nora não ajudam o filho - aconselha Quézia.

Noras e sogras falam de suas relações “mãe e filha”:

Luciana Lacerda na casa de sua sogra 

Helena Maria Piceara 
Foto: Luiz Ackermann/Extra /
- Minha sogra já me salvou duas vezes. Precisei de faxineira e a Helena mobilizou todas as amigas até conseguir uma de que eu gostasse. A outra, foi na véspera da lua de mel. Eu e meu marido esquecemos os dólares. No mesmo dia, ela já estava com tudo nas mãos. 

Recebo um carinho que eu não me sinto deslocada em lugar nenhum. Quando nós resolvemos casar na Colômbia, as sogras enlouqueceram. Tentaram até o último minuto ir. Elas falavam: “deixem só nós duas”. Mas elas tiveram que aceitar, contra a vontade, claro - brinca Luciana lacerda, jornalista, de 27 anos, do Jardim Botânico.

- Sou a pessoa errada para falar de relação sogra e nora. Ela é minha filha! Queria ver meu filho 100% feliz, e a Luciana consegue fazê-lo. Eu acompanho sempre o meu filho e ela pelo Facebook. Quando eu li: “passamos o carnaval inteiro fazendo lembrancinhas para o casamento”, achei um máximo - lembra Helena Maria Piceara, dona de casa, de 60 anos, da Barra.

Lizandra Rodrigues ao lado de sua sogra 

Dora Nadja, no dia de sua formatura 
Foto: Divulgação 


- Minha sogra virou minha parceira. A Dora intervém, mas com cautela. Quando eu estou errada, ela diz. E quando é o filho dela que está errado, também diz. Ela adora fazer mimos. Quando a gente acorda, nosso achocolatado já está na mesa prontinho. Sem falar que se ela passa na rua e vê alguma coisa que é a minha cara, ela vai e compra. 

Quando eu e meu namorado nos formamos em jornalismo no ano passado, fizemos um churrasco com as duas famílias e, quando chegamos lá, tinha um painél enorme com nome de vários jornalistas e o nosso, com a mensagem: “novas estrelas do jornalismo estão nascendo” - recorda emocionada Lizandra Rodrigues, jornalista, de 21 anos, de Santa Teresa.

- Eu não tenho essa neurosa que as mulheres têm com a sogra. Sempre tive em mente que, quanto melhor for a minha relação com a namorada do meu filho, mais próximo ele fica de mim. Tenho três filhos homens, não posso não me dar bem com as minhas noras. À Liz, digo que sou mãe dela - conta Dora Nadja, funcionária pública, de 50 anos, de Vila Valqueire.

- Eu sempre morei no Rio e meu marido em São Paulo, até a gente se casar. Antes disso, a mãe dele fez questão de vir ao Rio, para conhecer o contexto que eu vivia. O Fábio é alto, mas o resto da família é baixinho. Eu tentei chegar discreta na primeira vez que fui conhecê-los, mas foi impossível. Tenho 1,70m, sou loira, logo chamei atenção. 

Letícia Pineschi e a sogra 

Samiko Kitagawa
 Foto: Divulgação
Mas fui muito bem acolhida. A família do meu marido é japonesa e eu não sabia nada da cultura oriental. Na primeira conversa com minha sogra, deu para ver que não tínhamos nada em comum. Mas ela é receptiva, não tem preconceitos e logo quis conhecer o meu universo - admira Letícia Pineschi, advogada, de 38 anos, de Barra Mansa.

- Acho que toda mãe fica meio receosa no começo e pensa: “será que vai dar certo?”. Mas em casamento a gente não pode se intrometer. A família só fica na torcida para que dê certo, porque o que mais queremos é ver nossos filhos felizes. 

Eu só tive filhos homens, sentia falta de alguém para falar das coisas de mulher. A Letícia adora falar e ela preenche isso. Para quem nunca teve filha, quando ela chegou foi ótimo. Todo domingo eles estão aqui, mas por prazer - alegra-se Samiko Kitagawa, dona de casa, de 69 anos, de São Paulo.

Aline Figueiredo e a sogra
 Vilcéa Sarmento
Foto: Divulgação
- Minha sogra é muito sincera. Fala do que gosta e do que não gosta. Quando vamos visitá-la, se preocupa em fazer o almoço e a sobremesa de que gostamos. E a Vilcéa não se mete na nossa vida. Até opina, mas na intenção de ajudar, sem intrigas. 

E ela gosta de sair, passear com a gente, não gosta de ficar só em casa. Minha sogra sempre me acolheu bem, desde a primeira vez em que fui à casa dela - lembra Aline Figueiredo, engenheira, de 29 anos, de Resende.

- No começo, a Aline chegou tímida, mas logo nos tornamos amigas. A considero uma filha, de tão doce que é. Desde que a vi, soube que minha nora não iria afastar o meu filho da família. Fico feliz por ele ter encontrado uma pessoa tão tranquila, porque ele é agitado. É muito bom ver o quanto ele já mudou com ela, e para melhor - orgulha-se Vilcéa Sarmento, aposentada, de 66 anos, de Barra do Piraí.

Fonte: Extra

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