segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Acordo de Marina e Eduardo Campos foi mesmo um golpe de mestre

Todos ainda estão sob o impacto da filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB. As dúvidas são muitas. Quem ligou para quem? Foi o governador Eduardo Campos que a convidou? Quem teve essa surpreendente ideia? Qual dos dois será o candidato à Presidência?

Está claro que foi celebrado um pacto político entre Marina e Campos, que disputam o mesmo sonho. Afinal, a ex-senadora tinha sete legendas à sua disposição, inclusive o PPS, que ainda tem um certo prestígio na praça, digamos assim. Poderia se filiar a um deles e buscar a coligação com os outros seis, nada mal.

Mas ela preferiu fazer um pacto com outro presidenciável. Mas que acordo será esse, que a ex-senadora julgou tão proveitoso que desprezou as outras sete legendas.

É claro que Marina Silva e Eduardo Campos fizeram um acerto nesses termos: 1) unem as forças de cada um; 2) o candidato à Presidência será aquele que estiver à frente nas pesquisas, na época da convenção. O acordo é este, até porque não há possibilidade de ser outro, o que explica as declarações de Marina descartando a candidatura a vice-presidente e as afirmações genéricas de Eduardo Campos sobre interesse nacional, renovação etc e tal, sem mencionar a questão da vice-presidência.

NA UNDÉCIMA HORA…

Realmente, foi um golpe de mestre na política nacional, sacado na undécima hora e que beneficia os dois presidenciáveis, porque a partir de agora Marina e Campos estão à frente dos acontecimentos, são a grande novidade, os holofotes da mídia estarão focados sobre eles o tempo todo. Genial.

Mas quem será o candidato à Presidência? Quem será o vice? São perguntas ainda sem respostas, que dependem do futuro e das pesquisas. E ninguém sabe se o acordo impõe a candidatura a vice-presidente para quem estiver atrás nas pesquisas. Pode nem incluir, pois os dois têm eleições praticamente garantidas para o Senado, em seus Estados, o Acre e Pernambuco.

Outro dado importante é que será uma campanha muito rica, sem problema de recursos, porque por trás de Marina Silva está a bela socialite Maria Alice Setubal, herdeira do grupo Itaú e detentora de 3,5% das ações da holding. E não é preciso dizer mais nada.

Carlos Newton

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